Coligação Confiança vai “acompanhar de forma assertiva” revisão do PDM do Funchal e dos planos de pormenor

A Coligação Confiança acabou por dar o seu voto favorável à revisão do PDM e de três planos de pormenor (Ornelas, Encarnação, Carmo), que acabou por ser aprovada em reunião de vereação da Câmara Municipal do Funchal, na passada quarta-feira. Apesar disso a força partidária diz que vai acompanhar de “forma assertiva” os ajustes que serão feitos neste instrumentos de gestão do território.

A revisão do PDM e dos planos de pormenor teve voto favorável da Coligação Confiança por a força partidária entender que os instrumentos de gestão territorial em discussão “necessitam de ser pontualmente revistos” de forma a acompanhar o “desenvolvimento urbano, social e ambiental da cidade”. A Coligação salientou que vai acompanhar  de “forma assertiva” os diversos planos por forma a garantir a “salvaguarda dos interesses dos munícipes e da qualidade de vida de quem vive e trabalha” no Funchal e “não exclusivamente de propensões” de particulares.

A vereação da Coligação acrescentou que vai aguardar “com alguma expectativa” por trabalhos e propostas desenvolvidas pelo executivo municipal que visem a “modernização, qualificação e regeneração urbana” da cidade, “mas que tardam em chegar”. A Coligação sublinhou que num momento de “forte especulação” imobiliária e “enorme” fluxo turístico na região, que contrasta com uma “evidente crise” habitacional e social, acredita que a implementação de “medidas estratégicas” do âmbito urbano será “determinante na construção do futuro sustentável” do Funchal.

Coligação critica esquecimento do Lazareto

“Já em 2022, a Confiança apresentou uma proposta de classificação como conjunto de Interesse Municipal do núcleo urbano da Foz da Ribeira Gonçalo Ayres, do forte do Lazareto ou dos Louros e do Miradouro do Lazareto, a qual foi chumbada pelo PSD”, referiu a Coligação Confiança.

A vereadora da Coligação Confiança, Cláudia Dias Ferreira, disse que face a notícias publicadas na semana passada que “indicavam o encerramento do acesso público ao Lazareto” a Coligação acreditou que “esta seria uma oportunidade para o executivo concretizar uma estratégia de proteção patrimonial e identitária a este conjunto urbano único e finalmente compreender a importância da proposta que a Confiança anteriormente apresentou”.

A Coligação Confiança salientou que a foz da Ribeira Gonçalo Ayres “é atualmente desconhecida” de muitos funchalenses, “mas serviu, ao longo dos séculos, de local de desenvolvimento de várias atividades, detendo ainda um património arquitetónico e natural, associado à riqueza da sua história, este é um local único que deve ser preservado à voragem dos apetites imobiliários, salvaguardando o seu usufruto para os funchalenses do presente e do futuro”.

Para Cláudia Dias Ferreira “privar os funchalenses a este local é indigno que não pode deixar de ser denunciado”.