Comércio teme “grande golpe” e falência de milhares de empresas

A União de Associações do Comércio e Serviços (UACS) pediu esta terça-feira medidas de apoio económico que compensem as perdas que se vão registar no setor. Diz esta união de associações que estas medidas devem ter “a máxima celeridade e sem burocracias para evitar despedimentos e insolvências”.

Em comunicado, a UACS refere que “o recolher obrigatório em substituição do encerramento das lojas trata-se de uma ilusão aos empresários. De portas abertas e sem clientes disponíveis para visitar os estabelecimentos podemos mesmo dizer que se trata de um encerramento de porta aberta”.

Lourdes Fonseca, presidente da direção da UACS, refere em comunicado que, com estas medidas, “torna-se insustentável a prática da sua atividade, e iremos correr o risco de observar o encerramento de muitos. É essencial a criação de medidas de apoio económicas com a máxima celeridade e sem burocracias para evitar esse desfecho”.

Retoma do “lay off” simplificado

A UACS apelou ainda à retoma do “lay-off” simplificado, para o comércio e serviços, justificando que esta medida foi “a mais eficaz que o Governo implementou durante este período para impedir o encerramento de empresas e despedimentos”. Para esta união de Associações, devem ser implementados três níveis de medidas: “o lay-off para manter postos de trabalho; os compromissos fiscais deveriam, igualmente, poder ser adiados ou pagos de forma faseada; e ainda, apoiar uma “solução para o arrendamento comercial que divida o esforço entre senhorios, Governo e empresários”.

“Se estas medidas não forem tomadas irá resultar na falência de milhares de empresas e na destruição de centenas de milhares de empregos”, alerta a UACS.