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Confronto entre CDS-PP e Ferro Rodrigues no Parlamento

No momento mais tenso do debate quinzenal, Cristas anunciou que pediu uma audiência com o Presidente da República por causa da comissão de inquérito à CGD. Ferro Rodrigues não gostou e evocou a “separação de poderes”.
22 Fevereiro 2017, 17h09

Na perspetiva de Assunção Cristas, líder da CDS-PP, a comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi interrompida porque a maioria de esquerda tem utilizado “recursos parlamentares inadmissíveis.” Segundo Cristas, no CDS-PP “não há medo nenhum de descobrir a verdade,” quer em relação à CGD, quer em relação às transferências para contas bancárias em “offshores”, dois temas distintos que se entrecruzaram na intervenção da deputada centrista.

Posto isto, Crista anunciou que pediu uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na próxima sexta-feira, para falar sobre “o que se está a passar no Parlamento” no que à CGD diz respeito. O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, sentindo-se atacado, respondeu: “Não sei o que a senhora deputada vai denunciar ao senhor Presidente da República, mas sabe que a porta do meu gabinete está sempre aberta a todos os deputados.”

O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, pediu então a palavra e sublinhou que o CDS-PP “escolhe com quem fala” sem ter que se justificar. Mais, lembrou que Ferro Rodrigues, na conferência de líderes, terá dito ao PSD e ao CDS-PP que prestavam “um mau serviço à democracia” ao quererem discutir o andamento da comissão de inquérito. “Quem fechou a porta na cara ao PSD e ao CDS foi o senhor presidente,” acusou Magalhães. Por seu lado, Ferro Rodrigues ainda comentou: “O senhor deputado não desconhece a separação de poderes entre a Assembleia da República e o Presidente da República.”

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