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Contar a história da Viúva Lamego é contar a história do azulejo português

Visitar a fábrica Viúva Lamego é como observar um organismo vivo. É como assistir às etapas de crescimento de uma crisálida que se vai transformar em borboleta.
10 Março 2024, 16h00

E se aqui o casulo é um forno a laborar a altas temperaturas, o resultado não é menos belo. Prático, duradouro e de manutenção fácil, como terá descoberto o Marquês de Pombal quando mandou reconstruir Lisboa após o terramoto de 1755.

O azulejo, verdadeiro cartão de visita da capital portuguesa, teve os seus altos e baixos, sendo que ganhou novo impulso a partir do século XIX, muito devido ao Brasil e ao empreendedorismo de António Costa Lamego, que, em 1849, abriu uma olaria, no Largo do Intendente, em Lisboa. Para chamar a atenção dos clientes, reveste a fachada da mesma com azulejos da autoria de Luís António Ferreira, que é hoje um ex-libris do azulejo de estilo naïf oitocentista.

Em 1876, após a morte do oleiro, a fábrica e a empresa adotam o nome de viúva Lamego, pois naquele tempo as proprietárias, aquando da morte do marido, ficavam sem nome. E assim nasceu a Fábrica de Cerâmica da Viúva Lamego, que começou por produzir peças utilitárias em barro vermelho, faiança e azulejos em barro branco, para depois se dedicar apenas à produção de azulejos para dar resposta à imensa procura que então se registava.

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