Sessenta e sete cientistas nacionais assinaram uma “carta aberta” na qual chamam a atenção para “a insuficiência das medidas tomadas até agora pelos poderes públicos nacionais e internacionais sobre as alterações climáticas” lembrando que a exploração de combustíveis fósseis em Portugal constituiu “um dos grandes problemas que temos de enfrentar”, noticia o Expresso.
Na carta intitulada “Combustíveis fósseis e alterações climáticas: resposta a uma preocupação científica e social”, os cientistas referem que “é urgente pôr fim às emissões de gases de efeito de estufa” e defendem “a cessação de todos os contratos em vigor” para a prospeção e exploração de petróleo em Portugal, uma vez que ainda existem áreas com concessões autorizadas ao largo de Aljezur, de Peniche e na zona de Alcobaça-Batalha.
No próximo sábado, 29 de abril, os signatários juntar-se-ão a muitos outros ativistas em Lisboa, Porto e Aljezur na Marcha Mundial do Clima. Entre eles, constam-se nomes como o geofísico Filipe Duarte Santos (presidente do Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), o filósofo Viriato Soromenho Marques (professor catedrático na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) ou o economista e político Francisco Louçã.
O movimento tem na base a contestação às políticas da administração Trump a favor dos combustíveis fósseis.
João Camargo, do movimento Climáximo, uma das entidades organizadoras das três marchas nacionais sublinha que “Portugal não pode avançar com a exploração de combustíveis fósseis, quando é necessário cortar radicalmente as emissões de gases com efeito de estufa”.
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