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Costa: “Portugal tem muito a ganhar com a reorganização à escala global das cadeias de valor”

Após a turbulência da pandemia e da guerra, Portugal poderá ser um dos principais beneficiados com a estratégia de maior concentração das cadeias de valor, projeta António Costa, elogiando o aumento das qualificações dos trabalhadores nacionais e a capacidade de angariar investimento.
18 Abril 2023, 11h16

O potencial nacional para captar investimento é enorme, argumenta António Costa, o que pode conferir uma vantagem competitiva numa altura em que o processo de globalização encontra resistência e movimentos de reversão.

O primeiro-ministro aproveitou a sua participação na conferência ‘Growth Forum’, realizada pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) na NOVA SBE esta terça-feira, para defender que o país tem bastante a ganhar com as tendências de desglobalização e relocalização recentes.

“Portugal é um país que, pela sua história, cultura e posição geopolítica, tem muito a ganhar na reorganização à escala global das cadeias de valor”, afirmou o primeiro-ministro, apontando ao aumento das qualificações dos trabalhadores nacionais, à capacidade de angariar investimento e a algumas vantagens comparativas da economia nacional.

Após a turbulência da pandemia e da guerra, Portugal poderá ser um dos principais beneficiados com a estratégia de maior concentração das cadeias de valor, projeta António Costa. A qualidade da investigação e inovação do país é uma vantagem comparativa que se tem aprofundado nos últimos anos, em linha com a diminuição do défice de qualificações, e o fluxo de investimento que tem chegado à economia nacional é um bom exemplo disto.

Por outro lado, o potencial energético português reveste-se de importância acrescida numa altura em que os países ocidentais buscam a neutralidade de emissões, continuou António Costa. Portugal mostra assim capacidade para aprofundar a sua vertente exportadora como fornecedor de energia verde para o continente europeu, acelerando um dos motores do crescimento recente, as vendas ao exterior.

O país alcançou a meta de 50% do PIB em exportações “no ano em que mais cresceu”, fruto “da competitividade das nossas empresas, da capacidade dos nossos empresários em abrirem novos mercados, encontrarem novos mercados e aumentar a sua quota à escala global”, elogiou o primeiro-ministro.

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