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CPLP/Cimeira: Marcelo diz que futuro da organização “está a recomeçar em Cabo Verde”

O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu na segunda-feira à noite que o “futuro é o mais importante” da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e “está a recomeçar em Cabo Verde”.
  • Cristina Bernardo
17 Julho 2018, 08h55

O Presidente português assistiu na segunda-feira à noite, em Santa Maria, ilha do Sal, ao concerto de Mirri Lobo e Amigos, um conjunto de sete cantores e músicos cabo-verdianos, organizado pelo Governo de Cabo Verde na véspera do início da XII conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, que decorre entre terça e quarta-feira.

Ao longo de quase duas horas, Marcelo Rebelo de Sousa, que durante algum tempo esteve acompanhado pelo seu homólogo cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, aplaudiu e cantou letras de músicas, a grande maioria cantadas em crioulo, enquanto o público dançava e entoava as canções.

“O senhor Presidente percebe crioulo, por isso posso falar assim”, comentou a cantora Jenifer Solidade.

“O futuro é o mais importante da CPLP e está aqui a recomeçar em Cabo Verde”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, no final do espetáculo, que, disse, “foi excecional pela qualidade, pela excelência, pela alegria e pelo entusiasmo popular, sobretudo dos mais jovens”.

Para o chefe de Estado português, “a cultura é fundamental porque aproxima as pessoas, torna as pessoas mais afetivas, mais participativas”.

Antes, o cantor português de origem cabo-verdiana Dino de Santiago recordou que a língua portuguesa é hoje falada por mais de 200 milhões de pessoas e apelou para que se esqueça “o passado sofrido” e se “olhe para o futuro”.

O concerto contou com a presença de algumas centenas de populares, uma iniciativa que espelha o objetivo da presidência cabo-verdiana da CPLP, que começa com esta cimeira, disse o ministro da Cultura de Cabo Verde.

“Queremos concretizar a comunidade de povos e a comunidade de pessoas, como é um dos títulos da nossa presidência”, com o lema “Cultura, Pessoas e Oceanos”, sublinhou Abraão Vicente.

O governante manifestou-se confiante que a agenda da presidência cabo-verdiana da organização lusófona, nos próximos dois anos, “do livro à literatura, do artesanato às artes plásticas e às artes dramáticas”, vai ajudar “a concretizar não só a mobilidade, mas o caráter e a identidade da CPLP”.

Pelo Governo de Cabo Verde, esteve também presente o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, que chegou à Praça do Presidente, em Santa Maria, acompanhado do seu homólogo angolano, Manuel Augusto.

Na segunda-feira à noite, chegaram à ilha do Sal o primeiro-ministro português, António Costa, e o Presidente de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho. Durante a tarde, tinham chegado os chefes de Estado de Moçambique, Filipe Nyusi, e da Guiné-Bissau, José Mário Vaz.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste são os Estados membros da CPLP.

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