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Crescimento este ano revisto em alta para 1,8% com défice e dívida em queda (com áudio)

Segundo o Programa de Estabilidade 2023-2027 (PdE) apresentado esta segunda-feira pelo ministro das Finanças, Portugal deverá crescer 1,8% este ano, acima dos 1,3% antes previstos, contando com o forte contributo das exportações.
17 Abril 2023, 11h50

O Governo reviu em alta as projeções macro para este ano, apontando agora a mais crescimento, assente numa maior dinâmica do comércio internacional, o que também permitirá atingir um rácio de dívida e um défice mais baixos no final de 2023.

Segundo o Programa de Estabilidade 2023-2027 (PdE) apresentado esta segunda-feira pelo ministro das Finanças, Portugal deverá crescer 1,8% este ano, acima dos 1,3% antes previstos, contando com o forte contributo das exportações. Estas deverão acelerar, crescendo 4,3% face a um aumento de 3,7% das importações. Ambas foram agora revistas em relação aos 3,7% antes previstos para as exportações e os 4,0% antecipados para as importações – ou seja, a dinâmica inverteu-se, com as vendas ao exterior agora projetadas a crescer a um ritmo maior do que as compras.

Este é o principal motor da revisão, explicou Fernando Medina, elogiando a capacidade exportadora do tecido empresarial português. Assim, esta dinâmica compensa a desaceleração esperada do consumo privado, cujo crescimento este ano foi cortado de 0,7% para 0,6%, e do investimento, que é agora visto como avançando 3,4% depois dos anteriores 3,6%.

Ambas as dimensões irão sofrer com a atual subida de juros na Europa, admitiu o ministro, tal como com a inflação elevada que continua a fazer-se sentir.

Esta evolução resultará num saldo orçamental menos negativo: se antes o défice era estimado em 0,9% este ano, agora deverá fechar com 0,4% do PIB. Segundo o ministro das Finanças, tal dá “um sinal claro do equilíbrio que pretendemos atingir”, ou seja, um “melhor serviço às famílias e empresas, mas também uma política de rigor das contas públicas”.

Já a dívida cai ainda mais do que projetado, embora o Governo afirme explicitamente “não intensificar os esforços de consolidação orçamental”. A trajetória de redução da dívida acentua-se, com o Executivo a projetar agora 107,5% no final deste ano, um número abaixo dos 110,8% inscritos nas anteriores previsões macro.

[notícia atualizada às 11h55]

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