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Da esquerda à direita, o que pensam os partidos de Centeno no Eurogrupo

O ministro das Finanças é oficialmente candidato à presidência do Eurogrupo, com o apoio do Partido Socialista e do par espanhol. A esquerda lembra a importância de Centeno se manter focado nas funções nacionais, o CDS não muda as críticas ao governo e o PSD manteve o silêncio. Veja aqui as declarações de cada lado.
2 Dezembro 2017, 11h00

  • Partido Socialista:

“Portugal teve a coragem de procurar um caminho alternativo e teve resultados muito positivos que surpreenderam não só muita gente em Portugal, como no mundo. Está na altura de exportar esse sucesso e Mário Centeno é o representante legítimo deste sucesso do país”, afirmou o vice-presidente do grupo parlamentar socialista, João Galamba, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

  • CDS – Partido Popular:

“Quando um português está num lugar relevante de decisão numa instituição europeia, numa instituição internacional, certamente, enquanto portuguesa, noto que é um aspeto positivo, aparentemente, para o país”, disse a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, à Lusa. “As críticas que o CDS faz à atuação do ministro Mário Centeno não se transformam pelo facto de, de repente, ele ser um candidato ao Eurogrupo”.

  • Partido Comunista Português:

“Esta candidatura não altera os pressupostos com que iniciámos esta legislatura, no âmbito da posição conjunta. Há acordo relativamente determinadas matérias bem definidas e que a realidade está a demonstrar que foram muito positivas para o desenvolvimento da situação e da vida dos portugueses”, disse o membro da comissão política do Comité Central do PCP, Ângelo Alves, em conferência de imprensa.

  • Bloco de Esquerda:

“Ter ou não ter um responsável português à frente de uma instituição europeia não significa nada em concreto para Portugal” e “não é condição de melhoria para o país”, até porque “o problema não é quem preside ao Eurogrupo, mas sim o Eurogrupo”, afirmou a coordenadora do BE, Catarina Martins, à Lusa.

  • Partido Ecologista “Os Verdes”:

“Esse cargo não representa, por si, um benefício para Portugal em particular, nem para a União Europeia em geral”, referiu o PEV, num comunicado enviado à agência Lusa. “Não se vislumbra que Mário Centeno seja precursor das mudanças necessárias que se impõem na UE e na zona euro, designadamente com a defesa de eliminação de constrangimentos diversos, nomeadamente ao nível das políticas orçamentais, que dificultam a possibilidade das economias mais frágeis de desenvolverem e robustecerem” (…), numa lógica de verdadeira solidariedade”.

  • Primeiro-ministro:

“A nossa lógica é de ajudar a contribuir para o consenso, reunir todos”, disse António Costa à Lusa, à margem da cimeira na Costa do Marfim. “A zona euro sofreu muitas divisões nos últimos anos, entre famílias políticas e de diferentes regiões, e precisamos de uma Europa mais unida e mais forte, e estamos numa posição privilegiada de contribuir para isso”.

  • Presidente da República:

“O cargo de ministro das Finanças de Portugal é mais importante do que o cargo de presidente do Eurogrupo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, citado pela agência Lusa. “Portanto, sendo acumuláveis, naturalmente que importa às Finanças que o ministro das de Portugal continue a garantir um percurso que é indubitavelmente positivo, e a Europa reconhece isso, mas que é preciso garantir até ao final da legislatura”.

  • Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE)

“Sem dúvida [que Mário Centeno pode contar com o nosso apoio]. Penso que precisamos de um ibérico à frente do Eurogrupo”, disse secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, aos correspondentes em Madrid dos órgãos de comunicação social portugueses.

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