“Portugal teve a coragem de procurar um caminho alternativo e teve resultados muito positivos que surpreenderam não só muita gente em Portugal, como no mundo. Está na altura de exportar esse sucesso e Mário Centeno é o representante legítimo deste sucesso do país”, afirmou o vice-presidente do grupo parlamentar socialista, João Galamba, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.
“Quando um português está num lugar relevante de decisão numa instituição europeia, numa instituição internacional, certamente, enquanto portuguesa, noto que é um aspeto positivo, aparentemente, para o país”, disse a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, à Lusa. “As críticas que o CDS faz à atuação do ministro Mário Centeno não se transformam pelo facto de, de repente, ele ser um candidato ao Eurogrupo”.
“Esta candidatura não altera os pressupostos com que iniciámos esta legislatura, no âmbito da posição conjunta. Há acordo relativamente determinadas matérias bem definidas e que a realidade está a demonstrar que foram muito positivas para o desenvolvimento da situação e da vida dos portugueses”, disse o membro da comissão política do Comité Central do PCP, Ângelo Alves, em conferência de imprensa.
“Ter ou não ter um responsável português à frente de uma instituição europeia não significa nada em concreto para Portugal” e “não é condição de melhoria para o país”, até porque “o problema não é quem preside ao Eurogrupo, mas sim o Eurogrupo”, afirmou a coordenadora do BE, Catarina Martins, à Lusa.
“Esse cargo não representa, por si, um benefício para Portugal em particular, nem para a União Europeia em geral”, referiu o PEV, num comunicado enviado à agência Lusa. “Não se vislumbra que Mário Centeno seja precursor das mudanças necessárias que se impõem na UE e na zona euro, designadamente com a defesa de eliminação de constrangimentos diversos, nomeadamente ao nível das políticas orçamentais, que dificultam a possibilidade das economias mais frágeis de desenvolverem e robustecerem” (…), numa lógica de verdadeira solidariedade”.
“A nossa lógica é de ajudar a contribuir para o consenso, reunir todos”, disse António Costa à Lusa, à margem da cimeira na Costa do Marfim. “A zona euro sofreu muitas divisões nos últimos anos, entre famílias políticas e de diferentes regiões, e precisamos de uma Europa mais unida e mais forte, e estamos numa posição privilegiada de contribuir para isso”.
“O cargo de ministro das Finanças de Portugal é mais importante do que o cargo de presidente do Eurogrupo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, citado pela agência Lusa. “Portanto, sendo acumuláveis, naturalmente que importa às Finanças que o ministro das de Portugal continue a garantir um percurso que é indubitavelmente positivo, e a Europa reconhece isso, mas que é preciso garantir até ao final da legislatura”.
“Sem dúvida [que Mário Centeno pode contar com o nosso apoio]. Penso que precisamos de um ibérico à frente do Eurogrupo”, disse secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, aos correspondentes em Madrid dos órgãos de comunicação social portugueses.
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