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“Entregaram-nos as cartas de demissão, um mês de salário e pediram-nos para sair”

Um trabalhador de Hong Kong explicou à Reuters que “alguns colegas despediam-se dos restantes antes de serem chamados aos diretores responsáveis pelos despedimentos”.
  • Staff / Reuters
9 Julho 2019, 07h42

A administração do Deutsche Bank anunciou diversas medidas estruturais e operacionais que vão marcar as operações e a estrutura futura do banco sediado em Frankfurt, com objetivos traçados até 2022. O plano de reestruturação vai obrigar a uma redução de 18 mil postos de trabalho para um total de cerca de 74 mil trabalhadores até ao fim do prazo.

As notícias começaram a ser divulgadas no passado fim-de-semana, com os trabalhadores na dúvida se seriam despedidos, mas as chamadas para se dirigirem aos Recursos Humanos das respetivas filiais só se concretizaram no início desta semana.

Um trabalhador de Hong Kong explicou à Reuters que “alguns colegas despediam-se dos restantes antes de serem chamados aos responsáveis pelos despedimentos”, referindo que quando foram chamados para saber o seu futuro foram acompanhados aos elevadores sem lhes ser permitido regressar às secretárias.

O banco alemão avançou com os despedimentos em Sydney, Hong Kong, Singapura, antes da Europa e dos Estados Unidos da América estarem acordados. Em Londres, um informático disse que “houve uma reunião muito rápida”, esclarecendo que foi despedido esta manhã.

“O dia começou com uma chamada e uma reunião com os Recursos Humanos. Fomos informados que nos nossos trabalhos eram redundantes e entregaram-nos as cartas de demissão, um mês de salário e pediram-nos para sair”, afirmou um ex-trabalhador de Bangalore, na Índia.

“Com este tipo de cortes no mercado de ações, não se pode evitar um impacto no banco de investimentos”, explica outro trabalhador de Hong Kong. Outro trabalhador mostrou-se satisfeito por “a incerteza ter finalmente chegado ao fim”, afirmando que “já me estava a preparar, e também a família, desde que as conversas Commerzbank falharam”.

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