Design Factory: “Tem de se ajustar a criatividade com a exigência de quem habita os espaços”

O design factory, foi criado em 2007, dedica-se não apenas ao desenvolvimento de projetos de arquitetura de interiores, decoração, desenho de mobiliário e design expositivo, mas também, ao estudo de tendências e novos conceitos do habitar, tendo possibilitado à empresa ser o único promotor imobiliário do país que, desde 2010, está certificado em Investigação, Desenvolvimento e Inovação.

Além da ligação e do apoio à RAR Imobiliária, as competências do design factory foram alargadas a clientes externos, procurando sempre apresentar ao mercado soluções inovadoras e diferenciadoras.

Maria Ramalho Fontes é a líder deste projeto que presta apoio aos clientes da promoção imobiliária, permitindo-lhes fazer alterações no layout da habitação, alterar materiais e apoiar inclusivamente na decoração da sua habitação e em entrevista ao Jornal Económico fala sobre as principais dificuldades na decoração e remodelação de uma habitação.

Quantas pessoas integram o Design Factory?

Somos cinco designers, mas pelo facto de estarmos inseridos no negócio da promoção imobiliária, temos engenheiros a trabalhar connosco, o que nos permite oferecer um serviço integrado e uma garantia adicional aos nossos clientes, no que diz respeito ao acompanhamento e controle durante a fase de obra.

Como surge a parceria com a Escola Superior de Arte e Design?

A RAR imobiliária percebeu que seria muito importante a aposta no design e inovação e, como tal, estabeleceu uma parceria com a Escola Superior de Arte e Design (ESAD) de Matosinhos. Fruto dessa parceria escolhemos todos os anos dois alunos do curso, considerados os melhores, quer na opinião da RAR Imobiliária, quer dos professores.

A escola funciona como um centro de investigação e nós um centro de experiência prática para os alunos.

Que tipo de cliente considera ser mais exigente no design de um espaço?

No cliente particular, é muito importante perceber o estilo de vida da família, o modo como habita e as suas necessidades e gostos. A residência deve responder não apenas ao caráter funcional dos espaços, mas também corresponder a uma identificação emocional daqueles que nele habitam.

E quais são as maiores dificuldades?

Por vezes o equilíbrio entre as ideias preconcebidas do cliente, ou porque viu numa revista ou porque um amigo lhe aconselhou, e aquilo que nos parece mais adequado. Nós criamos um projeto a pensar em quem o vai utilizar. Não há aquela ideia de que o criativo impõe a sua ideia. Exige muito trabalho das duas partes, é sempre um diálogo entre o cliente e o projetista.

No que se refere à decoração de escritórios, é mais complicado dado terem que agradar a mais pessoas?

No que diz respeito ao cliente corporativo ou serviços, o maior desafio é agregar as necessidades de um conjunto de pessoas, proporcionando o bem estar coletivo e permitindo que o espaço reflita a identidade da marca.

A nível dos materiais existe uma preocupação da vossa parte com os aspetos ambientais?

Sim temos. Tanto na prática projetual, ao nível dos materiais que sugerimos, assim como nas atividades do dia a dia, através de uma grande preocupação na economização de recursos.

Existe da nossa parte um controlo muito grande ao nível dos materiais e soluções que propomos, mas também na escolha do fornecedor e na forma como este o produz. É uma preocupação obrigatória, o que está de acordo com a certificação desta empresa em Qualidade e Ambiente (ISO 9001 e 14001, respetivamente).

A equipa do design factory tem alguma intervenção na decoração de interiores nas moradias da Quinta do Paço do Lumiar?

O projeto de arquitetura é do arquiteto Eduardo Souto Moura. Caso o cliente o pretenda, faremos o projeto de decoração da sua moradia.

Alguma alteração que o cliente possa pedir em termos de layout da moradia, poderá ser apoiada pelo design factory, no entanto sujeito à aprovação do autor do projeto. Prestamos esse serviço gratuitamente ao cliente.