As empresas portuguesas Bitcliq e Aquaponics Iberia vão marcar presença hoje no ‘Blue Invest’, em Bruxelas.
Trata-se de uma iniciativa organizada pela Comissão Europeia que pretende ser o ponto de partida para a formação de parcerias na área da economia azul à escala europeia, ao reunir centenas de ‘startups’, empresários e investidores num mesmo espaço.
A Bitcliq, com sede nas Caldas da Rainha, é responsável por uma plataforma de ‘block-chain’ que usa megadados e inteligência artificial no percurso dos alimentos desde o mar até ao prato.
Por seu turno, a Aquaponics Iberia, com sede em Torres Vedras, usa tecnologia de ponta para a aquaponia, um ecossistema simbiótico para a criação de peixes e flora.
Estas duas empresas foram selecionadas num conjunto de 120 candidaturas que apresentaram publicamente os seus projetos de investimento frente a um júri profissional, em que estiveram presentes dois investidores portugueses: o Fundo Azul, representado por Ruben Eiras, diretor-geral de Política do Mar do Ministério do Mar; a Mermaid Investment, representada por Jorge Fernandes, sócio fundador.
“A experiência demonstra que conectar a ‘startup’ certa ao investidor mais adequado pode criar um oceano de oportunidades”, destacou a este propósito, Karmenu Vella, Comissário Europeu para o ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas.
O mesmo responsável acrescentou que o trabalho da comissão europeia neste domínio é “garantir que os que têm capacidade de tornar reais as expetativas públicas têm o apoio adequado”.
“A energia dos oceanos e a biotecnologia azul, por exemplo, podem ser decisivas. Os resultados do ‘Blue Invest’ ilustram a posição de vanguarda ocupada pela Comissão Europeia, no que diz respeito ao investimento marítimo”, assinalou Karmenu Vella.
Segundo um comunicado do RAPID – Representação em Portugal da Comissão Europeia, “a economia azul é um setor altamente inovador e de rápido crescimento na Europa”.
“Abrange diversas atividades que vão desde a energia oceânica, a vigilância marítima ou a biotecnologia até à construção naval, aquacultura e pesca. Ao ajudar a desenvolver esses setores, podemos fornecer uma solução para os desafios globais, como as alterações climáticas, a poluição provocada pelo plástico ou a insegurança alimentar”, conclui o referido comunicado.
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