Mais de dois anos após a invasão da Ucrânia, a economia russa não colapsou, como muitos dirigentes e analistas ocidentais previam, mas a força demonstrada também pode não corresponder totalmente à realidade, com o país em linha para estagnar no longo prazo. O mercado laboral mostra uma rigidez sem paralelo histórico, com muitos sectores a revelarem falta de mão-de-obra, e a subida recente dos salários tem impulsionado a inflação, arriscando erodir o poder de compra.
O PIB russo até recuou 1,2% em 2022, mas essa queda foi totalmente revertida pelo avanço de 3,6% do ano seguinte, sobretudo à boleia das receitas do petróleo e gás natural. Para este ano, as expectativas de crescimento variam entre 1,6% de média entre os analistas consultados pela Reuters e 2,6% projetados pelo FMI, uma revisão em alta recente em relação aos 1,1% estimados no final do ano passado, números que contrastam vivamente com a expectativa de perdas até 10% de analistas ocidentais aquando do anúncio das primeiras sanções.
Apesar desta subida, a diretora-geral do Fundo, Kristalina Georgieva, expressou sérias preocupações sobre o médio prazo. O país vive agora num paradigma de “produção militar em alta e consumo em baixa”, plenamente em economia de guerra, uma situação que irá sustentar números impressionantes no crescimento no curto-prazo, mas insustentável ano após ano.
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