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“Eduardo Cabrita saiu sem honra nem dignidade. Pragmatismo de Costa chama-se eleições”, destaca Marques Mendes

“Cabrita sai porque há eleições daqui a dois meses e só sai por causa disso. O pragmatismo de António Costa chama-se eleições, se não houvesse eleições legislativas daqui a dois meses, Eduardo Cabrita continuaria no Governo”, realçou Marques Mendes no seu espaço de comentário no “Jornal da Noite” da SIC.
5 Dezembro 2021, 21h38

O comentador da SIC, Luís Marques Mendes, considerou este domingo que Eduardo Cabrita, ex-ministro da Administração Interna, “saiu sem honra nem dignidade”, numa demissão que, na opinião do antigo líder do PSD, nunca aconteceria se não houvesse eleições daqui a dois meses

“Cabrita sai porque há eleições daqui a dois meses e só sai por causa disso. O pragmatismo de António Costa chama-se eleições, se não houvesse eleições legislativas daqui a dois meses, Eduardo Cabrita continuaria no Governo”, realçou Marques Mendes no seu espaço de comentário no “Jornal da Noite” da SIC.

Este comentador destaca que “se não saísse esta acusação do Ministério Público, Cabrita nunca sairia do Governo. Caso isso não acontecesse, Cabrita seria um ativo tóxico para António Costa”.

Relativamente à demissão, Marques Mendes defende que Eduardo Cabrita “mesmo na saída, esteve mal”: “Saiu sem honra nem dignidade. Não assumiu qualquer responsabilidade política”.

Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, anunciou na passada sexta-feira que pediu a demissão das suas funções. O governante falou aos jornalistas no dia em que se soube que o seu motorista, que esteve envolvido no incidente na A6 que vitimou uma pessoa, foi acusado de homicídio por negligência no processo referente a este incidente.

O ministro demissionário havia convocado uma conferência de imprensa, na qual revelou que pediu a exoneração das suas funções, visto que não pode “permitir que este aproveitamento político absolutamente intolerável seja utilizado no atual quadro para penalizar a atuação do Governo”, falando de “estupefação” perante esta situação.

Eduardo Cabrita confessou ainda que “só a lealdade, o tempo e as circunstâncias que enfrentávamos há seis meses atrás e a solidariedade do primeiro-ministro” lhe permitiram permanecer no cargo que agora abandona, agradecendo ainda a António Costa e “a todos os colegas do Governo” pelo “trabalho profícuo” que desenvolveram.

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