Os cidadãos polacos votam este domingo nas eleições regionais do país, naquela que é uma eleição considerada como um teste para o partido governista Lei e Justiça (PiS), embora seja esperada uma vitória, do partido cuja retórica nacionalista e reformas institucionais colocou o país em disputa com a União Europeia, segundo revela a agência “Reuters”.
O PiS chegou ao poder em 2015 com a promessa de reformas sobre o bem-estar dos eleitores, conservadorismo social e um papel estatal maior na economia. O partido continua amplamente popular, apesar das acusações internas e externas de uma mudança em direção ao governo autoritário.
Embora domine a política nacional, o PiS controla apenas uma pequena minoria de câmaras e tem uma maioria em apenas uma de 16 assembleias municipais.
Caso seja bem sucedido nestas eleições o PiS vai ter mais acesso ao financiamento local, um fator que poderá afetar as eleições parlamentares em 2019. Também terá mais influência sobre escolas e teatros, ferramentas consideradas importantes na agenda nacionalista do partido.
As sondagens mostram que o PiS poderá ganhar entre 33 a 37% dos votos para os membros da assembleia municipal. A coligação dos partidos da oposição centrais, a Plataforma Cívica e Nowoczesna, deve obter cerca de 24% dos votos. A votação termina às 21:00 locais e os resultados devem ser conhecidos pouco tempo depois.
Um bom resultado para o PiS irá aumentar as preocupações em Bruxelas antes das eleições para o Parlamento Europeu em maio, impulsionando os grupos eurocépticos que se opõem a movimentos dentro do bloco para uma integração mais próxima.
Destacando as divisões, o principal tribunal da UE ordenou na sexta-feira ao governo de Varsóvia que suspenda uma revisão do Supremo Tribunal do país e restabeleça juízes forçados a se reformarem antecipadamente.
Ao longo de sua campanha, o candidato à câmara de Varsóvia, Patryk Jaki, referiu que “está ao lado das pessoas comuns”, contra o que diz ser “uma arrogante elite municipal da Plataforma Cívica”.
Rafal Trzaskowski, emissário da União Europeia de longa data para o seu partido [Plataforma Cívica], pretende que Varsóvia, a sua cidade natal, permaneça “aberta, tolerante e europeia”.
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