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“Estamos empenhados para que todos os adeptos possam vir ao Mundial”, diz secretário geral do Qatar 2022

Hassan Al-Thawadi mostra-se confiante de que todas as soluções serão encontradas para combater a Covid-19 e assim ter adeptos nos estádios durante a competição.
  • Hassan Al Thawadi
2 Dezembro 2020, 18h51

Hassan Al-Thawadi está confiante de que o mundial de futebol em 2022 no Qatar vai contar com a presença de adeptos nas bancadas. O secretário geral do país e responsável pela organização do evento abordou esta questão na Web Summit, durante o painel ‘Transformation through football: 2022, Qatar and human rights’, esta quarta-feira, 2 de dezembro.

“Acredito que sim, estamos otimistas com as notícias de que no final de 2020 e durante 2021 podemos ter uma vacina e nesta altura ainda estamos a dois anos do início da competição. Com as medidas necessárias de distanciamento social e uma boa ligação logística desde viagens de avião ao alojamento, todo o sistema encontrará uma solução para combater todas as preocupações relacionadas com o coronavírus”, afirmou.

Por outro lado, Hassan Al-Thawadi, mostrou-se preocupado com o impacto económico que a Covid-19 terá nos adeptos e assim impedi-los de se deslocarem até ao Qatar para assistir ao evento. “Sempre dissemos que este seria um mundial disponível e acessível para todos, mas atualmente é difícil dizermos que tipo de apoio poderemos dar para que de facto esta competição seja acessível a todos os adeptos”, sublinhou o secretário geral, deixando uma garantia.

“Estamos empenhados em encontrar soluções com os nossos patrocinadores para que todos os adeptos possam vir ao mundial do Qatar em 2022”, frisou.

O combate às alterações climáticas e a  sustentabilidade foram também abordadas durante este painel e são dois pontos que Hassan Al-Thawadi assume estarem presentes desde o início. “Quando vencemos a concorrência para organizar este mundial em 2010, um dos objetivos é de que esta competição ia ser o catalisador para o Qatar atingir os seus projetos de desenvolvimento nacional em 2030. Ao nível da sustentabilidade este vai ser o primeiro mundial neutro em carbono”, referiu.

A tecnologia também não é deixada de parte pela organização do evento. “Este vai ser um dos campeonatos de futebol mais interativo do mundo. Hoje temos a rede 5G em funcionamento em certas zonas do país e em 2022 irá cobrir quase a sua totalidade”, afirmou.

Outro dos pontos principais prende-se com a construção dos estádios que vão receber a competição. “Para corresponder aos padrões da FIFA um dos estádios que já existia no país foi demolido e reconstruído. Tomamos essa decisão porque era mais barata a sua reconstrução do que fazer algumas remodelações. Reciclamos 90% do material do antigo estádio e utilizamos no novo”, realçou o responsável.

Para que nada seja deixado ao acaso e já a pensar no que poderá vir depois de terminada a competição, Hassan Al-Thawadi explicou que um dos estádios construído para esta competição, dada a sua localização não teria qualquer utilidade após o mundial.

“A nossa decisão foi a sua construção ser feita como se fosse um Lego, para que depois do mundial possa ser completamente desmontado. Uma parte desse estádio será dada ao governo para que o possa utilizar nos eventos que pretender e o que sobrar será construído para outro tipo de projetos”, sublinhou.

Questionado sobre se todos os estádios estarão prontos a tempo da competição, Hassan Al-Thawadi sublinhou que “seis deles estarão operacionais no final deste ano e no final de 2021 os oito estádios vão estar totalmente concluídos e prontos a serem vistos pela UEFA a um ano do início da competição”.

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