“Estímulo!”: Trump pede à Fed um grande corte nas taxas de juro

A um dia do início da reunião da Reserva Federal norte-americana, Donald Trump voltou a pressionar o banco central para um corte nas taxas de juro. O presidente dos Estados Unidos não abranda nos recados a Jerome Powell e pede “um grande corte nos juro, estímulo!”.

“Os preços dos produtores na China diminuíram mais em três anos devido à grande desvalorização da moeda chinesa, juntamente com estímulos monetários. A Reserva Federal não está a ver? A Fed irá entrar no jogo? O dólar mais forte do que NUNCA! Muito mau para as exportações. Sem inflação… Maiores taxas de juros…”, escreveu o líder norte-americano numa publicação no Twitter.

“Os Estados Unidos, devido à Fed, estão a pagar uma taxa de juros MUITO mais alta do que outros países concorrentes. Eles não conseguem acreditar no quão sortudos são que Powell e a Fed não saibam. E agora, acima de tudo, o petróleo atingiu [um novo máximo]. Uma grande queda na taxa de juros, estímulo!”, acrescentou.

…The United States, because of the Federal Reserve, is paying a MUCH higher Interest Rate than other competing countries. They can’t believe how lucky they are that Jay Powell & the Fed don’t have a clue. And now, on top of it all, the Oil hit. Big Interest Rate Drop, Stimulus!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) September 16, 2019

Nos últimos meses, Donald Trump tem manifestado publicamente desacordo com o rumo da política monetária conduzido pelo banco central norte-americano e pressionado o Federal Open Market Committee (FOMC) a cortes na taxa de juro directora. Na última reunião, em julho, a Fed cortou a taxa de juro diretora em 25 pontos base, para um intervalo de 2% a 2,25%. A descida da federal funds rate foi a primeira em mais de uma década (a última foi a 16 de dezembro de 2008), já que desde 2015, que o banco central prosseguia num processo de ‘normalização’ dessa política.

Com o mercado a antecipar o anúncio esta quarta-feira de um novo corte de 25 pontos base, o presidente norte-americano volta a pedir mais aos decisores da política monetária.

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