Haverá muitas incógnitas na noite da próxima terça-feira, 3 de novembro, quando for madrugada de quarta-feira em Portugal, e uma certeza: Donald Trump terá milhões de votos a menos do que Joe Biden. Entre as últimas 50 sondagens a nível nacional, uma única, da Rasmussen, empresa conotada com os republicanos, dá vantagem ao atual presidente, e mesmo essa não vai além de um ponto percentual, enquanto dezenas de outros estudos de opinião atribuem dez ou mais pontos de avanço ao democrata. Por isso mesmo, a média ponderada do site Real Clear Politics apontava na quinta-feira
um fosso de 7,5 pontos entre o antigo vice-presidente e o multimilionário que prometeu tornar a América grande de novo.
Mas sucede que há quatro anos Donald Trump teve menos 2,9 milhões de votos do que Hillary Clinton, ficou 2,1 pontos percentuais atrás e ainda assim tornou-se o 45.º presidente dos Estados Unidos, com 306 votos no colégio eleitoral contra 232 da primeira dama de Bill Clinton e secretária de Estado de Barack Obama. Uma aparente bizarria estatística que não foi inédita – também George W. Bush teve menos votos do que Al Gore em 2000 – e que se explica por dois dos estados que mais peso têm na hora de definir o ocupante da sala oval: Califórnia e Nova Iorque, bastiões democratas, deram quase mais seis milhões de votos a Hillary do que a Trump, mas os seus 84 votos no Colégio Eleitoral também teriam sido garantidos se um só voto tivesse feito a diferença.
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