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FMI alerta: Tarifas comerciais vão prejudicar crescimento global

A tensão entre Estados Unidos, China e União Europeia domina a cimeira dos ministros das Finanças das 20 economias mais fortes do mundo, que, este fim de semana, decorre em Bueno Aires, Argentina.
  • Darren Whiteside/Reuters
22 Julho 2018, 10h47

A diretora do FMI, Christine Lagarde, vai apresentar, este domingo, aos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G20 um relatório sobre o impacto que as restrições já anunciadas terão sobre o comércio mundial. “Certamente indica o impacto no PIB (Produto Interno Bruto), que no pior cenário, à luz das medidas já … está na faixa de 0,5% do PIB em uma base global”, adiantou, ontem, aos jornalistas.

No relatório, o FMI refere que o crescimento global poderia atingir os 3,9% em 2018 e 2019, mas os riscos de desaceleração subiram devido às tensões comerciais que continuam em crescendo.

Horas antes o secretário de Estado do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, dissera aos jornalistas que as tarifas não tinham tido até ao momento quaisquer efeitos “macroeconómicos” na maior economia mundial. A Reuters avança que Mnuchin tentará reunir aliados do G7 este fim de semana para se juntarem aos Estados Unidos numa ação mais agressiva contra a China.

Da agenda da cimeira faz parte o debate sobre como atrair capitais privados para financiar o investimento em infraestruturas e fomentar o comércio multilateral e o desenvolvimento. Segundo noticia a agência Brasil, sobre a mesa está uma proposta que visa reduzir, atá 2035, o défice global em infraestrutura. Mas o tema que a todos preocupa, neste momento, é a guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos ao decretar tarifas de 25% sobre 34 mil milhões de dólares de importações da China. Uma fasquia que Donald Trump acaba de elevar ao anunciar  tarifas de 10% a outros 200 mil milhões de dólares de produtos chineses.

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