A instituição liderada por Pedro Ferraz da Costa está a apresentar em Lisboa um estudo que demonstra que “o fraco crescimento português (e a sua falta de qualidade), espelhada no fraquíssimo crescimento da produtividade, que chega a cair em alguns anos, devido à criação de emprego com produtividade inferior à média, em particular no turismo, impedem uma melhoria do rating da República”.
Quase desde o início da crise do euro, o diferencial de risco entre Portugal e Espanha, que era insignificante antes, tem vindo a alargar, diz a instituição. Apesar que nos últimos meses se ter vindo a reduzir continua historicamente alto.
Neste momento o diferencial está nos 141 pontos, com as OT a 10 anos nos 2,91% e a dívida espanhola está nos 1,5%, acima da média histórica.
Citando a classificação atribuída pela Moody’s a Portugal, na sua última avaliação, divulgada em maio, o Fórum diz que “se tivéssemos uma taxa de crescimento entre 3% e 3,5% receberíamos uma nota de H+ neste subfactor, 11 notches acima da atual posição”.
O Fórum diz que é preciso “baixar a dívida pública o que diminuirá o peso com juros por duas vias: porque o stock sobre o qual incide é menor e porque o prémio de risco também será menor”.
Para a instituição “os principais problemas aqui decorrem do risco do sistema bancário e da elevada dívida externa qualquer dos dois requer um período demorado de resolução, o que só torna esta urgente”.
Na reunião que contou com a presença de João Salgueiro e com Pedro Braz Teixeira falou-se ainda do sistema em Portugal premiar os bons relacionamentos em vez de premiar o mérito, um alerta que foi lançado por Pedro Ferraz da Costa.
“Articular o sistema educativo com a formação profissional e com as necessidades do crescimento económico e da economia do futuro”, refere o relatório do Fórum – “Os próximos 10 anos – um cenário de mudança estrutural”.
Pedro Ferraz da Costa defendeu, para aumentar o investimento directo estrangeiro, a flexibilização laboral.
“Aumentar os incentivos ao trabalho, alterando uma legislação laboral que discrimina os mais novos e reduz o papel das empresas na negociação salarial”, defende o Fórum.
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