[weglot_switcher]

França e Alemanha abandonam imposto digital da UE

Os dois países vão deixar cair a taxa sobre as receitas geradas com a venda de dados ou atividades de plataformas, deixando de fora gigantes como a Amazon ou Apple.
4 Dezembro 2018, 13h08

A França e a Alemanha abandonaram os planos da União Europeia (UE) de impor um novo imposto digital sobre as empresas de tecnologia, no sentido de restringir as vendas de publicidade que provavelmente excluiria gigantes como a Amazon e a Apple.

A notícia é avançada pelo ”Financial Times”, esta terça-feira,  que informa também que os dois países irão apresentar esta quinta feira uma nova taxa de 3% sobre as receitas geradas pelas vendas publicitárias na economia digital aos 28 membros da UE.

Com este documento, fica de fora a cobrança de impostos sobre as receitas da venda de dados e das atividades das plataformas. Amazon e Apple deverão ser as empresas que se mantêm fora da cobrança desta taxa, ao contrário do que previa a proposta inicial, segundo responsáveis de Bruxelas.

Esta alteração também deverá beneficiar as empresas de automóveis alemãs, que poderiam ser afetadas por esta medida.

O novo acordo abandona um plano fiscal digital mais amplo e tridimensional, que também teria como alvo cerca de 180 dos maiores grupos tecnológicos, registando atividades como vendas de dados e atividades de plataformas online, angariando cerca de 5 mil milhões de euros por ano.

Sob a nova versão franco-alemã, os ‘gostos’ do Facebook e Google seriam os principais  alvo de vendas, mas outros retalhistas como Amazon, AirBnB e Spotify seriam excluídos, explicaram as autoridades.

Os gigantes tecnológicos pagam atualmente um imposto de 9,5%, menos de metade do que pagam as empresas tradicionais, taxados na ordem dos 23%, situação que tem gerado protestos em países como a França ou a Alemanha, que se têm manifestado a favor de impostos mais pesados.

Agora são precisamente estes países que querem alterar a proposta original. Para a proposta de Bruxelas avançar terá de ultrapassar uma série de obstáculos: obter luz verde do Conselho e do Parlamento Europeu, bem como dos 28 países da UE.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.