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França pede aos seus cidadãos no estrangeiro para serem cautelosos

O ministério dos negócios estrangeiros de França emitiu um comunicado onde sublinhou ser “recomendável exercer a maior vigilância, principalmente durante as viagens e nos locais frequentados por turistas ou comunidades de expatriados”. A embaixada francesa na Turquia deu conselhos semelhantes aos seus cidadãos.
  • Lionel Bonaventure / Reuters
27 Outubro 2020, 15h28

A França pediu esta terça-feira, 27 de outubro, aos cidadãos, que vivem ou viajam para países de maioria muçulmana, para terem cuidado redobrado, segundo a “Reuters”.

O pedido surgiu depois de a 16 de outubro ter acontecido decapitação, numa escola francesa, de Samuel Paty, um professor que mostrou um cartoon do profeta Maomé numa aula de educação cívica sobre liberdade de expressão. As caricaturas são consideradas blasfémias pelos muçulmanos.

Tendo em conta o sucedido e a revolta de alguns cidadãos, o ministério dos negócios estrangeiros de França emitiu um comunicado, a que a “Reuters”, teve acesso, onde sublinhou ser “recomendável exercer a maior vigilância, principalmente durante as viagens e nos locais frequentados por turistas ou comunidades de expatriados”. A embaixada francesa na Turquia deu conselhos semelhantes aos seus cidadãos.

As imagens do Profeta foram publicadas pela primeira vez há anos por uma revista satírica francesa, cuja redação foi atacada em 2015 por homens armados que assassinaram 12 pessoas. Desde a decapitação de Samuel Paty, os desenhos animados foram exibidos por manifestantes na França em solidariedade, algo que desaprovam alguns muçulmanos.

O presidente francês, Emmanuel Macron, que se encontrou com representantes da comunidade muçulmana da França na segunda-feira, prometeu lutar contra o “separatismo islâmico”. O ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, pediu à Turquia e ao Paquistão para não se intrometerem nos assuntos internos da França.

Por sua vez, o governo da Arábia Saudita condenou o ataque a Samuel Paty e frisou, em comunicado, que  “a liberdade de expressão e cultura deve ser um farol de respeito, tolerância e paz que rejeita práticas e atos que geram ódio, violência e extremismo e são contrários à coexistência”.

 

 

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