A crítica do líder do PCP foi feita no encerramento de um debate sobre “Crianças e pais com direitos”, na Biblioteca Orlando Ribeiro, em Lisboa, em que fez a defesa de medidas estatais no apoio aos jovens pais, que, admitiu, precisa de investimento.
“Dizem-nos: têm razão, mas não há dinheiro”, improvisou Jerónimo de Sousa no seu discurso, comentando a entrevista do primeiro-ministro, António Costa, ao Diário de Notícias, em que disse preferir contratar funcionários públicos a avançar com aumentos salariais, como pretendem PCP e Bloco de Esquerda.
O secretário-geral comunista afirma que Costa, “ao mesmo tempo que afirma não ser possível um justo aumento salarial para quem não recebe aumentos há nove anos”, garante, ao mesmo tempo, que “não faltarão 35 mil milhões de euros para uma dívida [do país] que não é pagável sem ser negociada”.
Para já não falar, afirmou, “dos que, para a banca, há sempre uns milhares de milhões de euros para acudir aos desmandos dos banqueiros”.
“O problema não está em não haver dinheiro. O problema está na injustiça da sua distribuição e na falta de investimento. Não é por falta de dinheiro, é por opção política”, afirmou.
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