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Fusões e aquisições: As operações que criaram empresas dominantes

A fusão da Barrick e da Randgold, noticiada esta semana pelo “Financial Times”, prepara-se para criar a maior mineira do mundo. No universo da moda, o estilista Michael Kors anunciou a compra da marca de luxo Versace. Já em junho deste ano, a operadora norte-americana AT&T recebeu luz verde para avançar com a compra da Time Warner. Conheça ainda as operações que fizeram história no mundo dos negócios nas últimas décadas.
14 Outubro 2018, 18h00

A fusão da Barrick e Randgold vai criar a maior mineira de ouro do mundo.  A notícia foi avançada esta semana pelo jornal “Financial Times”. A empresa resultante da fusão destas duas mineiras será cotada em Toronto e Nova Iorque e vai produzir 6,5 milhões de onças de ouro por ano, tornando-se na maior do mundo.

A operação avalia as ações da Randgold em 49 libras (cerca de 54,9 euros ao câmbio de ontem), a cotação de fecho da empresa na última sexta-feira. Para além do preço oferecido, a Barrick oferece 6,128 das suas ações por cada ação da Randgold. Os acionistas da Rangold vão controlar 33,4% do capital da nova empresa. O restante capital será detido pelos acionistas da Barrick.

“Temos sempre reservas quando personalidades ‘alfa’ assumem a liderança conjunta de uma empresa”, apontam os analistas da Investec, citados pelo “Financial Times”. “A Randgold tem a agilidade de uma empresa menor e mais jovem, enquanto a Barrick tem a infraestrutura e o alcance global de uma grande empresa”, acrescentou John Thornton, presidente da Barrick.

Na moda, um outro negócio de luxo. O estilista de moda norte-americano, Michael Kors, anuniou a compra da marca de luxo italiana Versace. Avaliado, atualmente, em dois mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros), o grupo de moda americano vai adicionar a italiana ao seu portefólio de marcas sofisticadas, conforme avançou a Reuters. Como parte do acordo, a Blackstone (uma empresa de private equity norte-americana), que detém 20% da empresa, sairá completamente do acordo, enquanto a família Versace, proprietária da restante casa de moda, ficará com uma percentagem maior da quota da empresa.

Depois de investir na Versace, a Blackstone considerou o desempenho do grupo de moda dececionante e insuficiente, escreve a Reuters. “A Blackstone não ia investir mais dinheiro, [a Versace] precisa de um comprador que possa fazer grandes investimentos, [a Blackstone] gradualmente persuadiu a família (Versace) a considerar uma possível venda e apresentou-os a um conjunto de compradores, incluindo Michael Kors”, refere a agência.

Donatella Versace, irmã do falecido fundador Gianni, que também é diretora artística e vice-presidente do grupo com sede em Milão, pediu uma reunião com a equipa da empresa esta terça-feira, dia 25 de setembro.

Uma das batalhas empresariais mais badaladas aconteceu no setor das telecomunicações e foi finalmente desbloqueada. Em junho deste ano, a operadora norte-americana AT&T recebeu autorização para avançar com a compra da Time Warner, por 85 mil milhões de dólares. A decisão de um juiz federal norte-americano acabou por ser uma pesada derrota para a administração Trump e pôs termo a uma disputa com quase dois anos de história, que opunha as duas empresas ao governo norte-americano, que argumentava que o negócio iria prejudicar a livre concorrência no mercado. Com esta luz verde abre-se caminho a um negócio que pode mudar o cenário dos media nos Estados Unidos.

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