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Galp com novo poço de petróleo em Angola este ano e avança em São Tomé em 2020

A companhia tem vários novos projetos em Angola, Brasil, Moçambique e São Tomé e Princípe. A Galp prevê investir mil milhões por ano em 2019 e 2020, e espera obter um EBITDA entre 2.100 milhões e 2.200 milhões este ano.
12 Fevereiro 2019, 07h38

A Galp vai arrancar com a produção num novo poço de petróleo em Angola. Apesar de o Brasil continuar a ser o país onde a companhia mais produz petróleo, a Galp está a desenvolver vários projetos em outros países lusófonos.

Depois ter iniciado a exploração do navio-plataforma (FPSO) Kaombo Norte no final de 2018, a petrolífera já prepara uma nova exploração neste país lusófono “no primeiro semestre deste ano”, revelou o diretor de produção da Galp Thore Kristiansen numa chamada telefónica com analistas esta segunda-feira. A exploração, que também vai ter lugar no Bloco 32, vai ser feita através de outro navio-plataforma, o FPSO Kaombo Sul.

A produção da Galp subiu 16% em 2018 para um total de 105,9 mil barris diários. A maioria deste petróleo e gás natural foi extraído no Brasil (99,1 mil barris diários), com Angola a produzir 6,8 mil barris diários.

Olhando só para Angola, a produção em 2018 subiu 14% para 6,8 mil barris diários. Com a entrada em produção da FPSO Kaombo Norte no quarto trimestre, a produção em Angola subiu 71% para 8,9 mil barris diários nos três últimos meses de 2018.

A Galp espera ter um aumento de produção este ano na ordem dos 8% a 12%, segundo as previsões avançadas esta segunda-feira pela companhia.

Além de Angola, a companhia também se prepara para novas operações em São Tomé e Príncipe, mas só para o próximo ano.

“Vemos oportunidades interessantes em São Tomé e Príncipe. O objetivo é estarmos pronto para perfurar o primeiro poço em 2020”, disse Thore Kristiansen. A petrolífera está presente neste país desde 2015, com participações nos blocos 5, 6, 11 e 12, de acordo com a informação no site da companhia.

Já em Moçambique, a companhia espera começar a produzir gás natural no projeto Coral Sul a partir de 2022.

Apesar destes projetos, as joias da coroa da Galp continuam a estar no offshore (exploração no mar) brasileiro, na exploração no pré-sal. Na área de Lula e Iracema, a companhia conta já com nove FPSO em produção. Na área de Iara, a Galp espera arrancar com a produção no campo de Berbigão/Sururu em 2019 e em Atapu em 2020.

A Galp anunciou esta segunda-feira uma subida dos lucros em 23% para os 707 milhões de euros, impulsionados pelo aumento da produção e dos preços nos mercados internacionais. A companhia anunciou também que vai propor uma subida dos dividendos em 15% para 63 cêntimos.

A companhia também divulgou as suas estimativas financeiras. Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) em 2019 devem situar-se entre os 2.100 milhões e os 2.200 milhões de euros. A partir de 2020, a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva espera um EBITDA acima de 3.000 milhões de euros. Em 2018, o EBITDA situou-se nos 2.200 milhões.

Já o  investimento deverá atingir os mil milhões por ano em 2019 e em 2020, face aos quase 900 milhões registados em 2018.

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