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Goldman Sachs: “Recuperação nas bolsas foi rápida demais, a curto prazo os riscos são negativos”

A curto prazo a recessão e o impacto nos lucros poderão forçar novas quedas nos índices, mesmo até aos mínimos do ano, alertou o ‘chief global equity strategist’ do Goldman Sachs. As políticas de reação e o desacelerar da taxa de infeção permite, contundo, uma visão mais positiva a médio prazo, com o banco a prever que o S&P 500 termine o ano nos 3.000 pontos.
16 Abril 2020, 12h14

A recuperação das bolsas mundiais após as quedas a pique em março pode ter sido demasiado rápida, afirmou esta quinta-feira o responsável pela estratégia da área de ações do Goldman Sachs, alertando que o banco norte-americano vê espaço para novas quedas no curto prazo.

“As coisas podem permanecer muito voláteis e muito dependentes dos dados à medida que forem saindo”, disse Peter Oppenheimer, chief global equity strategist do Goldman Sachs, numa teleconferência com jornalistas.

“Na nossa visão, os riscos a curto prazo permanecem negativos e o rally que vimos e no qual muitos mercados subiram 25% ou mais desde o último mínimo, foi provavelmente demasiado rápido tendo em conta as perspectivas que temos para os dados económicos e de lucros”, sublinhou.

Questionado sobre se o mínimo do ano tocado pelo índice S&P 500 a 23 de março,nos 2.237,40, poderá acabar por ser batido, Oppenheimer expressou uma posição ligeiramente mais positiva.

“Ainda vemos riscos de descida a partir deste ponto, mas a escala significativa da respostas em termos de políticas e também a informação sobre a desaceleração da taxa de infeção ajudam a reduzir o tail risk [um risco negativo, mas com probabilidade limitada], que estava a pressionar o mercado de forma forte anteriormente”, explicou. “Portanto provavelvemente já vimos o mínimo deste ano, embora possamos regressar as esse níveis”.

Oppenheimer adiantou que o previsão do Goldman Sachs para o S&P 500 no final do ano está nos 3.000 pontos, face aos atuais 2.783,36.

[Em atualização]

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