Google adia regresso ao trabalho presencial para depois de janeiro

A Google anunciou que vai adiar indefinidamente o plano de regresso aos escritórios, agendado inicialmente para 10 de janeiro, justificando a medida com as preocupações crescentes sobre a nova variante do coronavírus, a Ómicron, aliado ao facto de alguns trabalhadores da tecnológica não quererem tomar a vacina anti-Covid-19, segundo a “Reuters”.

Em agosto, a Google revelou as primeiras intenções de retomar o trabalho presencial, ainda que só para o início de 2022. A ideia seria adotar um modelo hibrido, em que os trabalhadores optassem por ficar dois dias em casa e três no escritório.

Perante as informações sobre a variante Ómicron, a tecnológica norte-americana voltou com a palavra atrás e decidiu adiar o regresso ao trabalho presencial, não apresentando outra data alternativa, de forma a acompanhar a evolução da pandemia de Covid-19.

Quase 40% dos funcionários da Google nos EUA entraram num escritório nas últimas semanas, disse a empresa. A tecnológica acrescenta que, em outras partes do mundo onde também possui escritórios, as percentagens são ainda mais altas.

Segundo a “CNBC”, algumas centenas de funcionários da empresa protestaram contra a obrigação de tomar a vacina. Washington tornou obrigatória a toma da vacina contra a Covid-19, a 12 de novembro, para todos aqueles que trabalhem em contratos com o governo norte-americano

A Google foi uma das primeiras empresas a pedir aos seus funcionários que trabalhassem em casa durante a pandemia. A tecnológica possui cerca de 85 escritórios em quase 60 países.

E em Portugal?

Em Portugal, as empresas de telecomunicações NOS e Vodafone anunciaram a possibilidade de trabalho remoto total a partir de dezembro. Já a Altice e a Nowo aplicam o regime de teletrabalho desde que tal seja compatível com a atividade desempenhada.

O governo português anunciou que o regresso ao teletrabalho será obrigatório na semana entre 2 a 9 de janeiro de 2022, para evitar eventuais transmissões do vírus entre familiares e amigos para os locais de trabalho nas festividades, numa altura em que vários países da Europa optam por abordagens mais rígidas de forma a controlar o número de infeções.