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Governo aprova 160 milhões em investimento

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um total de 160 milhões de euros em 12 contratos fiscais de investimento. Os projetos agora aprovados deverão criar 358 postos de trabalho diretos até 2023.
14 Setembro 2017, 16h19

Durante a sua reunião semanal, o Conselho de Ministros aprovou um total de 12 contratos fiscais de investimento, que representam um valor de 160 milhões de euros e a criação de 358 postos de trabalho direto até 2023, segundo revela a Lusa, citando as declarações proferidas por Manuel Caldeira Cabral na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros.

“Estes 12 projetos de investimentos hoje aprovados comprovam o bom momento que a economia portuguesa está a atravessar”, destacou o ministro da Economia, acrescentando: “O investimento no segundo trimestre do ano aumentou pelo quinto trimestre consecutivo, atingindo um crescimento de 10,3%, o maior dos últimos 18 anos”, que, para Caldeira Cabral, é prova da “sustentabilidade da economia portuguesa”.

O ministro realçou ainda o facto de os projetos aprovados abarcarem diferentes geografias, dimensões e áreas tão díspares como a aeronáutica, a energia, a indústria dos moldes, a indústria automóvel, a maquinaria e a saúde. Todos usufruirão de benefícios fiscais em sede de IRC, IMI, Imposto de Selo e IMT.

Ao mesmo tempo, Caldeira Cabral deu nota da “dinâmica do crescimento verificada nas empresas exportadoras de mercadorias na primeira metade do ano”, algo que possibilitou um aumento de 12,6% nas exportações de bens e serviços durante o primeiro semestre do ano, o maior crescimento semestral dos últimos seis anos.

Eis a lista dos projetos aprovados e das empresas abrangidas, juntamente com os montantes envolvidos, psotos de trabalho esperados e sua finalidade.

OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, para o desenvolvimento pela empresa da atividade de revestimento integral de aeronaves. O contrato permite um crédito de imposto, em sede de IRC, correspondente a 10%, e tem associado um investimento global de 9,9 milhões de euros, levando à criação de 28 postos de trabalho até 2023, 19 dos quais em 2018.
Tec Pellets – Produção e Comercialização de Pellets, para aumento da capacidade produtiva da sua unidade industrial. O contrato contempla a atribuição de um crédito de imposto, em sede de IRC, de até 16%, com um investimento associado de 30,7 milhões de euros e a criação de 23 postos de trabalho até 2020.
Sakthi Portugal SP 21, para a criação de uma nova unidade fabril para a produção de componentes de segurança crítica de ferro modular para automóveis. O contrato prevê um crédito de imposto, em sede de IRC, de até 18%, isenção de IMI durante cinco anos e isenção do Imposto do Selo, tendo associado um investimento de 36,7 milhões de euros e a criação de 135 postos de trabalho.
Painel 2000 – Sociedade Industrial de Painéis, para a realização de investimentos em duas linhas de produção de novos produtos. O contrato prevê um crédito de imposto, em sede de IRC, de 20%, um investimento associado de 7,5 milhões de euros e a criação de 21 postos de trabalho até 2019.
Paper Prime, para a criação de uma unidade industrial para o fabrico de lenços de papel. O contrato prevê um crédito de imposto, em sede de IRC, de 20%, isenção de IMI até 31 de dezembro de 2019, isenção de IMT e de Imposto do Selo. Este projeto tem um investimento associado de 24,6 milhões de euros e representará 45 postos de trabalho.
Fundifás – Fundição Injetada, para aumentar a eficiência produtiva e a redução dos custos de produção. O investimento global associado ao projeto é de 7,8 milhões de euros e prevê a criação de 20 postos de trabalho até 2019.
DMM – Desenvolvimento, Maquinagem e Montagem. Através de dois contratos, pretende desenvolver a atividade de fabricação de componentes para automóveis. Os contratos preveem créditos de imposto, em sede de IRC, de até 20%, estando associado um investimento global de 10,2 milhões de euros e a criação de 24 postos de trabalho até 2019.
Epalfer – Serralharia de Moldes, Cunhos e Cortantes, para a construção de uma nova unidade industrial. O contrato atribui um crédito de imposto, em sede de IRC, de 16%. O projeto tem um investimento associado de 4,7 milhões de euros e prevê a criação de seis postos de trabalho até 2020;
Bohus Biotech Portugal, para a instalação de uma unidade produtiva de dispositivos médicos. O contrato estabelece um crédito de imposto, em sede de IRC, de 20%. O investimento associado é de 5,6 milhões de euros e está prevista a criação de 12 postos de trabalho até 2020.
Efapel – Empresa Fabril de Produtos Elétricos, para a realização de investimentos para a industrialização de soluções para diferenciar a oferta. É atribuído um crédito de imposto, em sede de IRC, de 18%, isenção de IMI durante um período de 10 anos e isenção de Imposto do Selo. Este projeto tem um investimento associado de 13,7 milhões de euros e prevê a criação de 27 postos de trabalho.
Sociedade Schmidt Light Metal, Fundição Injectada, para permitir a fabricação de novas peças para o setor automóvel. O contrato prevê um crédito de imposto, em sede de IRC, de 18%, com um investimento total associado de 8 milhões de euros e a criação de 17 postos de trabalho até 2020.

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