[weglot_switcher]

Governo cabo-verdiano afasta problema de gestão nos aeroportos após rotura de combustíveis na Ilha do Sal

O ‘jet fuel’ afetou aviões que fizeram escala técnica na ilha no final da semana passada.
10 Dezembro 2018, 08h21

O Aeroporto Internacional Amílcar Cabral (AIAC), na Ilha do Sal, teve uma rotura de combustíveis que acabou por afetar os aviões que fazem escala técnica na ilha. O ministro cabo-verdiano dos Transportes, José Gonçalves, justificou que se tratou de uma rotura pontual que se deve a passagem de aviões de grande porte que escalaram a ilha do Sal, no final da Cimeira Ibero-Americana.

A falta de combustíveis (“jet fuel”) para os aviões causou problemas sobretudo aos aviões que procuram a ilha para reabastecimento. Sendo este aeroporto um ponto de escala no atlântico médio a rotura do ‘stock’ de combustível obrigou os aviões a fazer escala técnica em outros aeroportos nomeadamente de Canárias Senegal e Portugal.

Segundo o jornal “Santiago Magazine”, um avião Iliushin IL76, registo URCIV-OLIEG, esteve parado no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral sem ser abastecido, sendo que a tripulação aguardou num hotel da ilha.

O ministro dos Transportes confirmou a rotura na sexta-feira e assinalou que as duas petrolíferas do país, Vivo Energy e a Enacol, estão a abastecer apenas as companhias aéreas com quem têm contrato, que são as operadoras nacionais e as que fazem voos charter de turismo para Cabo Verde.

José Gonçalves defende que a gestão feita pela ASA, empresa responsável dos aeroportos, não está em causa. O governante aponta que a rotura deve-se a uma procura “acima do normal” de combustíveis por parte de aviões de grande porte que fizeram escala técnica no Sal no âmbito da cimeira.

“O que sucedeu no Sal é que houve uma procura para além daquilo que era a capacidade normal de funcionamento. Isso só mostra que temos um mercado em crescimento e que há novas oportunidades de negócios que todas as partes estão a analisar. Cabo Verde está a transforma-se numa placa giratória no Atlântico médio obrigando as petrolíferas a terem um ‘stock’ superior ao que tinham no passado”, afirmou José Gonçalves.

O ministro dos Transportes diz ter a garantia da Vivo Energy e da Enacol de que o fornecimento iria ser normalizado e assegurou que “não há má gestão dos aeroportos por parte da ASA”.

“A ASA, entidade responsável dos aeroportos está a tratar com as petrolíferas para assegurar esta nova dinâmica no aeroporto do Sal”, disse José Gonçalves. “A rotura deve-se a uma situação pontual, houve um encontro de Chefes de Estado na América do Sul e as companhias que passaram pelo Sal pediram um volume de combustível muito superior àquilo que é normal”, explicou o ministro.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.