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Governo critica prémios na TAP. Houve “quebra de confiança” na comissão executiva que “agiu em desrespeito”

A tutela de Pedro Nuno Santos critica severamente a atribuição dos prémios “em ano de prejuízos”. “Este procedimento por parte da Comissão Executiva da TAP constitui uma quebra da relação de confiança entre a Comissão Executiva e o maior acionista da TAP, o Estado português”, acusa o Governo.
  • Cristina Bernardo
6 Junho 2019, 14h18

O Governo critica a atribuição de prémios na TAP em ano de prejuízo. São palavras duras da tutela de Pedro Nuno Santos sobre os bónus de 1,1 milhões de euros a 188 trabalhadores da companhia aérea.

“O ministério das Infraestruturas e da Habitação discorda da política de atribuição de prémios, num ano de prejuízos, a um grupo restrito de trabalhadores e sem ter sido dado conhecimento prévio ao Conselho de Administração da TAP da atribuição dos prémios e dos critérios subjacentes a essa atribuição, não se revendo na conduta da Comissão Executiva que agiu em desrespeito dos deveres de colaboração institucional que lhe são conferidos”, de acordo com o comunicado da tutela de Pedro Nuno Santos.

“O Governo e os representantes do Estado no Conselho de Administração da TAP tomaram conhecimento desta decisão, já consumada com o processamento dos salários referentes ao mês de Maio, pelos órgãos de comunicação social. Este procedimento por parte da Comissão Executiva da TAP constitui uma quebra da relação de confiança entre a Comissão Executiva e o maior acionista da TAP, o Estado português”, segundo a nota do ministério da Infraestruturas e da Habitação.

“O Governo solicitou a convocatória, com carácter de urgência, de uma reunião do Conselho de Administração para esclarecimento de todo o processo e para análise do dever de informação a que estão obrigados nos termos do acordo parassocial e nos termos da legislação em vigor”, pode-se ler no comunicado.

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