O Grupo BEL viu o seu resultado líquido crescer 210% em 2021, para 5,9 milhões de euros, num ano marcado por um forte aumento do volume de negócios das áreas de distribuição, engenharia aeroespacial, automação e imobiliário, beneficiando da recuperação da economia portuguesa e global, disse ao Jornal Económico o presidente-executivo (CEO), Marco Galinha.
O volume de negócios cresceu 23% face a 2020, para um total de 388 milhões de euros, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) duplicou para 14,6 milhões de euros.
Marco Galinha prevê que o Grupo BEL mantenha a tendência positiva em 2022 e que o volume de negócios possa atingir o limiar dos 650 milhões de euros, o que representará uma subida de 68% face ao ano passado. Já o EBITDA é visto a subir para um valor na ordem dos 25 milhões de euros.
A subida das vendas e do EBITDA explica-se também pela “consolidação das aquisições realizadas nos últimos anos”, acrescentou o empresário, notando que no passado recente o grupo integrou várias empresas que tiveram de ser reestruturadas com vista ao seu turnaround.
Uma dessas empresas, a ActiveSpace, teve em 2021 o seu “melhor ano de sempre”, adiantou. A empresa do sector aeroespacial duplicou as vendas no ano passado, para 4 milhões de euros, após ter conquistado vários contratos internacionais.
Questionado sobre o rácio de endividamento do Grupo BEL, Marco Galinha respondeu que no final de 2021 era de 3,5 vezes o EBITDA, nível que considera confortável.
Fundado em 2021, o grupo BEL conta hoje com participações em 60 empresas de diversos sectores de atividade, com um total de três mil colaboradores.
Global Media contribui com 200 mil euros para resultados do grupo BEL
Um dos sectores onde o grupo BEL está presente é a comunicação social, através da Global Media Group (proprietária do “Jornal de Notícias”, do “Diário de Notícias” e da TSF) e de uma participação de 10% na Megafin (dona do Jornal Económico).
O investimento na Global Media teve lugar no início de 2021, numa altura de profunda crise naquele grupo de comunicação social, após ter sofrido prejuízos de 17,7 milhões de euros no ano anterior.
A reestruturação realizada na Global permitiu inverter a tendência negativa dos anos anteriores e fechar o ano fora do ‘vermelho’, salientou Marco Galinha, adiantando que a empresa de media contribuiu com 200 mil euros para o EBITDA consolidado do Grupo BEL em 2021. As vendas da Global Media tiveram um crescimento de 9% no ano passado, para 35 milhões de euros.
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