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Hotelaria: sem surpresas, agosto foi o melhor mês deste ano

Os números apurados pelos AHP Tourism Monitors, mostram que, no mês de agosto de 2018 a taxa de ocupação decresceu 1,3 p.p., em comparação com o mesmo mês do ano anterior, fixando-se nos 87%.
18 Outubro 2018, 07h10

Com a atividade turística em alta, e depois de 2017 se ter revelado um ano de recordes, os resultados da operação hoteleira em momentos estratégicos para o setor, como é o mês de agosto, eram aguardados “com alguma expectativa”. Quem o afirma é Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, acrescentando que “apesar de a taxa de ocupação ter decrescido, os resultados são globalmente bons. Em termos absolutos, este foi, sem surpresas, o melhor mês do ano”.

Nesta sua análise, a responsável aponta que, dos 14 destinos dos AHP Tourism Monitors, ferramenta exclusiva de recolha de dados da hotelaria nacional, apenas três, designadamente as Beiras, Viseu e Leiria/Fátima/Templários, registaram ocupações abaixo dos 80%. Ainda assim, ressalva, apesar de no ARR (preço médio por quarto ocupado) e no RevPAR (preço médio por quarto disponível) os resultados continuarem a ser bastante positivos, “há a destacar a quebra nos destinos Grande Porto e Oeste”.

Ficou ainda o compromisso de, no próximo mês, com os dados de setembro, a AHP fazer uma análise ao comportamento da hotelaria nos meses de verão “e aí faremos um balanço”, assegurou Cristina Siza Vieira.

Algarve cresce, pela primeira vez, desde janeiro

Os números apurados pelos AHP Tourism Monitors, mostram que, no mês de agosto de 2018 a taxa de ocupação decresceu 1,3 p.p., em comparação com o mesmo mês do ano anterior, fixando-se nos 87%.

Em agosto de 2018, a taxa de ocupação quarto a nível nacional decresceu 1,3 p.p., fixando-se nos 87%. Por destinos turísticos, Algarve (93%), Costa Azul (92%) e Grande Porto (90%) registaram as taxas de ocupação mais elevadas. Por categorias, verificou-se uma variação positiva apenas nas 2 estrelas que tiveram um aumento ligeiro de 0,4 p.p., face a agosto de 2017.

Especificamente sobre o Algarve foi também apurado que, em agosto, registou a referida taxa de ocupação quarto de 93%, o que se traduz em mais 0,2 p.p. face ao mês homólogo de 2017. A taxa de ocupação quarto, quando comparada por zonas, foi superior no Algarve Barlavento (94%), face ao Algarve Sotavento (92%) e ao Algarve Centro (92%). O ARR foi, em agosto de 2018, de 187 euros e o RevPar aumentou 6%. Neste destino, a taxa de ocupação registou, pela primeira vez, um crescimento desde o início do ano.

De volta á análise nacional, o ARR subiu 6%, fixando-se em 121 euros. De realçar, neste indicador, o aumento em todas as categorias, com destaque para as três estrelas onde a variação foi de mais 12% face a agosto de 2017.

O RevPar fixou-se nos 105 euros, mais 4% face ao período homólogo. Os destinos turísticos com o RevPar mais elevado foram Algarve (173 euros), Estoril/Sintra (113 euros) e Lisboa (98 euros).

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