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Inflação na OCDE recua e atinge o valor mais baixo desde janeiro de 2022

Há mais de um ano que a inflação na OCDE não era tão baixa. Em abril, 27 dos 38 países que compõem esta organização viram a taxa em questão recuar, incluindo Portugal.
6 Junho 2023, 11h09

O mês de abril foi sinónimo de um novo recuo da inflação entre os países que compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). De acordo com a nota divulgada esta terça-feira, a taxa média caiu para 7,4%, a mais baixa desde janeiro de 2022. Entre os vários países, 27 registaram decréscimos da inflação no quarto mês do ano, incluindo Portugal.

“A inflação homóloga na OCDE, medida pelo Índice de Preços no Consumidor, caiu para 7,4% em abril de 2023, abaixo dos 7,7% registados em março”, indica a nota publicada esta manhã, que detalha que, entre os 38 países considerados, só dez contabilizaram agravamentos da inflação no arranque do segundo trimestre.

Apesar da desaceleração dos preços ter predominado, dez países continuaram com taxas acima dos 10% e em dois (Hungria e Hungria) ultrapassaram os 20%.

Em comparação, em Portugal, a inflação caiu para 5,7%, no mês em questão. Abril foi mesmo o sexto mês consecutivo de desaceleração na subida dos preços, por cá, de acordo com os números já divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A redução do IVA para 0% numa série de bens alimentares considerados essenciais tem ajudado a controlar os preços em Portugal, conforme pretendia o Governo.

Em contraste, no conjunto da zona euro, registou-se uma subida ligeira da inflação em abril para 7%. Em março, a taxa de inflação na área da moeda única tinha ficado em 6,9%. “A subida da inflação na energia mais do que compensou a descida na inflação ligada aos alimentos e o recuo ligeiro na inflação subjacente”, explica a OCDE.

Já no G20 abril ficou marcado por um recuo da inflação homóloga para 6,5%, abaixo dos 6,9% registados em março. Em comparação, no G7 a inflação estabilizou em 5,4% no quarto mês do ano, sendo que entre os países que compõem esse grupo foi o Reino Unido que registou o recuo mais significativo, por efeito da descida acentuada da inflação ligada à energia.

Por outro lado, Itália foi o país do G7 que mais viu a inflação aumentar em abril, o que é explicado sobretudo pela evolução dos preços da energia. “A inflação da energia e dos alimentos foram as componentes que mais contribuíram para a inflação em Itália”, destaca a nota publicada esta manhã.

Já fora da OCDE, o Brasil, a China, a Índia, a Indonésia e a África do Sul viram a inflação cair em abril. A Argentina registou a tendência inversa, enquanto na Arábia Saudita os preços estabilizaram.

Atualizada às 11h28

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