No último ano, a Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) abriu 20 processos contra estabelecimentos de ensino, ou algum dos seus responsáveis. Só este, a IGEC abriu mais dois processos disciplinares no Externato Ribadouro.
De acordo com a notícia avançada pelo Publico, este sábado, em causa está a atribuição de notas inflacionadas aos alunos do ensino secundário, com o objectivo de facilitar a sua entrada no ensino superior. A maioria destes casos envolve colégios privados, entre os quais está o Externato Ribadouro, no Porto, onde foram instaurados três processos disciplinares por causa da inflação das classificações.
Prática deixa de ser hábito em mais de 80% das escolas
Numa intervenção, em novembro, feita junto das escolas e colégios que inflacionam as notas internas dos seus alunos tem tido efeitos positivos, a Inspecção-Geral de Educação e Ciência (IGEC) concluiu que mais de 80% dos estabelecimentos de ensino inspeccionados no último ano reduziram os desalinhamentos, confirmando os resultados conseguidos no ano anterior, quando foi feita pela primeira vez uma operação de combate a esta prática.
Tal como no ano anterior, em 2018 foram alvo da IGEC 12 escolas – todas do Norte do país, sete das quais privadas.
O relatório “Avaliação das Aprendizagens dos Alunos do Ensino Secundário” mostra que, após a intervenção dos últimos dois anos, dez desses estabelecimentos de ensino (83%) reduziram a inflação das notas internas dos seus alunos. As excepções foram o Colégio da Associação Cultural e Recreativa de Fornelos, em Fafe, e a Escola INED – Nevogilde, no Porto.
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