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Investimento público dispara 52,4% no segundo trimestre

O investimento em equipamento hospitalar e material militar impulsionou a despesa do investimento público para 1.113,4 milhões de euros. É preciso recuar ao segundo trimestre de 2011 para encontrar um valor mais elevado num segundo trimestre de um ano do que aquele que foi registado entre abril e junho deste ano.
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    Tiago Petinga/Lusa (Pool)
23 Setembro 2020, 18h00

O investimento público aumentou 52,4% no segundo trimestre face ao período homólogo de 2019. Os dados revelados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) mostram um aumento para 1.113,4 milhões de euros, o correspondente a 2,4% do PIB. Porém, nem todo o reforço do investimento do Estado ficou à conta da pandemia.

O relatório do organismo de estatística nacional explica que o aumento de 13,8% da despesa de capital  no segundo trimestre refletiu este incremento de 52,4%, “resultante de investimento em equipamento hospitalar e material militar”.

O INE refere que o investimento inclui não só a formação bruta de capital, mas também as aquisições líquidas de cessões de ativos não financeiros não produzidos, com os dados a revelarem um aumento face aos 730,5 milhões de euros, o correspondente a 1,4% do PIB, do segundo trimestre de 2019.

Basta recuar ao quarto trimestre de 2019 para encontrar um valor nominal de investimento público mais elevado, quando se tinha cifrado em 1.423,6 milhões de euros (2,6% do PIB), o que representou um crescimento de 4,9% face ao período homólogo de 2018. Porém, é preciso retroceder ao segundo trimestre de 2011 para encontrar um segundo trimestre do ano com um valor mais elevado de investimento do Estado, quando atingiu os 1.750,3 milhões de euros.

No balanço entre a despesa e a receita do Estado, Portugal registou um défice orçamental de 4.858,2 milhões de euros no segundo trimestre, o correspondente a 10,5% do PIB e que compara com o défice de 1.188,7 milhões de euros (-2,2%), registado em igual período de 2019. No total do semestre deste ano, o défice orçamental é de 5,9% (-2.714,2 milhões de euros), num PIB não ajustado de sazonalidade e de efeitos de calendário de 97.109,9 milhões de euros.

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