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Isabel dos Santos: Governo vê com agrado venda de posições em empresas portuguesas

O ministro da Economia considera que a venda das participações detidas pela empresária angolana é um “bom passo” de forma a salvaguardar danos reputacionais a estas empresas.
  • Harry Murphy/Web Summit
3 Fevereiro 2020, 12h26

O Governo português vê com agrado a venda de posições em empresas portuguesas por parte de Isabel dos Santos. O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, considera que esse é um “bom passo” para evitar danos reputacionais a estas empresas.

“Acho que esse é um bom passo, porque queremos evitar qualquer dano reputacional na actividade dessas empresas”, disse o ministro da Economia em entrevista à Reuters.

“Se olhar para o impacto, que é adverso, sobre as origens do dinheiro de Isabel dos Santos – que ainda têm de ser provadas – os danos à reputação das empresas portuguesas podem ser significativos. Portanto, a vontade dela de alienar rapidamente é útil neste contexto … [isso] significa que o dano à reputação pode ser diminuído e, espero, totalmente evitado”, acrescentou.

Siza Vieira afirmou, no entanto, que a justiça deve seguir o seu rumo, destacando que não está a tomar decisões precipitadas sobre a empresária angolana. “A sociedade tornou-se mais intolerante com a corrupção, com a falta de transparência, a evasão fiscal. Não desejo supor ou concluir que algo disso tenha acontecido nestes casos particulares”.

Questionada pela Reuters, a Galp, NOS, Isabel dos Santos, Eurobic e Efacec não quiseram fazer comentários.

Recorde-se que no final do ano passado, um tribunal de Luanda arrestou contas bancárias e participações em empresas em Angola pertencentes a Isabel dos Santos, o seu marido, Sindika Dokolo, e o gestor português Mário Leite da Silva. As autoridades angolanas acusam-nos de terem lesado o Estado angolano em mais de 1.000 milhões de dólares.

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