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Jerónimo Martins e CTT arrastam bolsa para perdas em contraciclo com Europa

A globalidade das praças europeias encerrou em alta, com o PSI20 a ser exceção, “castigado pela queda expressiva dos títulos da Jerónimo Martins. Isto porque a dona do Pingo Doce e da retalhista polaca Biedronka (de onde vem a maior fatia das suas receitas) viu o Governo da Polónia anunciar um novo imposto sobre as retalhistas a partir de setembro”, diz a Mtrader.
2 Julho 2019, 17h28

O PSI20 fechou em terreno negativo (-0,76% para 5.149,16 pontos) pressionado pelo tombo de mais de 5% da Jerónimo Martins (-5,19% para 13,790 euros) depois do Governo polaco anunciar um novo imposto sobre as retalhistas a partir de setembro.

O Governo planeia a aplicação de uma taxa sobre a receita gerada por retalhistas a partir de 01 de setembro de 2019, de acordo com o site oficial.

Os CTT também geraram perdas à bolsa ao caírem 3,08% para 2,078 euros.

A Sonae Capital lançou ontem uma OPA sobre o grupo Futura, a através da sua participada CapWatt. A oferta vinculativa para a aquisição de 100% do capital social da Futura Energía Inversiones e as suas participadas, foi aceite pelos atuais acionistas do Grupo Futura, lê-se no comunicado. As ações da Sonae Capital fecharam a cair -2,43% para 0,722 euros.

A Mota-Engil deslizou -2,32% para 1,892 euros; e a Galp perdeu -1,13% para 13,615 euros.  O tombo dos preços do petróleo arrastaram o setor, a exemplo da Galp, que cedeu mais de 1%.

A EDP fechou em alta ao valorizar 1,34% para 3,395 euros. Ao passo que a REN subiu 1,04% para 2,440 euros.

Na Europa o verde dominou.

O EuroStoxx 50 subiu 0,36% para 3.510,03 pontos. As principais praças também fecharam em alta. O FTSE subiu 0,87% para 7.562,41 pontos; o CAC 40 valorizou 0,23% para 5.580,6 pontos; o DAX subiu 0,04% para 12.526,7 pontos; o IBEX subiu 0,33% para 9.294,9 pontos; e o FTSE MIB ganhou 0,65% para 21.392,9 pontos.

A nível das empresas destaque para a L’Oreal (+1,89%) que está em conversações para adquirir marcas Mugler e Azzaro. A operação deverá estar concluída no decorrer de 2019.

A sessão foi marcada por fracos volumes. “A notícia de que os EUA pretendem impor novas tarifas aos produtos vindos da União Europeia parece condicionar o sentimento. Em causa estão os subsídios entregues à Airbus e que segundo os norte-americanos penalizam a Boeing. Atenções também voltadas para o impasse nas nomeações para os cargos de topo da União Europeia, neste que será o 3.º dia de negociações”, escreveu o analista da Mtrader.

O petróleo está em forte queda. O Brent em Londres caiu 3,26% para 62,94 dólares; o crude no NYMEX cai 3,79% para 56,85 dólares.

Diz o analista Ramiro Loureiro, da Mtrader, que “notas de mercado justificam com os receios em torno da procura pela matéria-prima depois dos mais recentes dados macroeconómico apontarem para um abrandamento da economia mundial”.

Em termos macroeconómicos, o governo italiano reviu o target de défice orçamental para 2% do PIB este ano de modo a cumprir com as regras da União Europeia e evitar sanções.

As vendas a retalho na Alemanha estão com queda sequencial. As vendas a retalho caíram 0,6% em maio (variação sequencial) depois de uma queda de 1% em abril (revisto em alta dos -2%). Analistas antecipavam uma subida de 0,5%.

A dívida soberana da Alemanha, caiu 1 ponto base para -0,367%; a dívida espanhola deslizou 4,3 pontos base para 0,293% e a dívida portuguesa está a cair 4,9 pontos base para uma yield de 0,364%. Já a dívida italiana perdeu 12,8 pontos base para 1,839%.

O euro sobe 0,14% para 1,1302 dólares.

 

 

 

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