João Leão tomou posse como ministro de Estado e das Finanças, sucedendo a Mário Centeno, esta segunda-feira. Nas suas primeiras palavras enquanto ministro, o novo governante disse ser “um prazer e uma honra poder servir o país” num momento de “grande exigência”, algo que encara com “sentido de dever”. O governante apontou a estabilização das contas públicas como objetivo a “médio prazo” e questionado pela eventual nomeação do seu antecessor como governador do Banco de Portugal (BdP), disse não ver “nenhum inconveniente”.
“Não vejo nenhum inconveniente”, afirmou o ministro das Finanças, João Leão, quando questionado pelos jornalistas sobre a possível nomeação de Mário Centeno para o Banco de Portugal, no Palácio de Belém, em Lisboa. O novo ministro das Finanças considerou ainda Mário Centeno uma “excelente hipótese” para o BdP, embora tenha ressalvado não se tratar do “momento oportuno para discutir” a questão.
No Palácio de Belém, onde decorreu a tomada de posse, numa cerimónia “restrita“, João Leão explicou que o momento é desafiante e que o objetivo do atual momento de emergência “para o país é o desafio de conseguir estabilizar o país, quer em termos económico, no apoio às empresas, quer em termos sociais, na proteção de rendimentos das famílias”.
O sucessor de Mário Centeno garantiu, contudo, que nenhum passo será “maior do que a perna”, assegurando que pretende “gerir as contas com rigor para garantir sustentabilidade para todos”. A “ênfase” deste ano será a sustentabilidade da economia, segundo João Leão.
Caso contrário, Portugal não terá “uma economia em condições de crescer, a partir do final do ano e a partir do próximo ano”. “Só com crescimento económico é que vamos conseguir estabilizar as contas públicas. A médio prazo é isso que se espera de nós”, sublinhou o ex-secretário de Estado do Orçamento da equipa de Centeno.
Sobre os cinco anos que trabalhou sob o comando de Mário Centeno, João Leão referiu: “Ao lado de Mário Centeno, servi como secretário de Estado [do Orçamento]. Juntos preparámos e executámos cinco orçamentos de Estado e em conjunto atingimos o primeiro excedente orçamental da democracia, num quadro de criação de emprego e de recuperação dos rendimentos das famílias”.
“Espero continuar, agora com a nova equipa que me acompanha, a partir de hoje, com o mesmo espírito de compromisso e de responsabilidade com os portugueses que sempre tivemos desde 2015”, disse.
João Leão mostrou-se convicto de que “uma vez ultrapassada esta crise da pandemia”, o Governo conseguirá voltar a “colocar Portugal no caminho crescimento da economia e do emprego, da confiança e da sustentabilidade”.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com