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João Leão não vê “nenhum inconveniente” na escolha de Mário Centeno para governandor do BdP

Após tomar posse como novo ministro de Estado e das Finanças, João Leão, disse querer garantir apoio às empresas e proteção dos rendimentos às famílias, face ao contexto da pandemia. Objetivo a médio prazo é estabilizar contas públicas. Sobre Centeno no BdP, não vê “inconveniente”.
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    Tiago Petinga/Lusa (Pool)
15 Junho 2020, 10h58

João Leão tomou posse como ministro de Estado e das Finanças, sucedendo a Mário Centeno, esta segunda-feira. Nas suas primeiras palavras enquanto ministro, o novo governante disse ser “um prazer e uma honra poder servir o país” num momento de “grande exigência”, algo que encara com “sentido de dever”. O governante apontou a estabilização das contas públicas como objetivo a “médio prazo” e questionado pela eventual nomeação do seu antecessor como governador do Banco de Portugal (BdP), disse não ver “nenhum inconveniente”.

“Não vejo nenhum inconveniente”, afirmou o ministro das Finanças, João Leão, quando questionado pelos jornalistas sobre a possível nomeação de Mário Centeno para o Banco de Portugal, no Palácio de Belém, em Lisboa. O novo ministro das Finanças considerou ainda Mário Centeno uma “excelente hipótese” para o BdP, embora tenha ressalvado não se tratar do “momento oportuno para discutir” a questão.

No Palácio de Belém, onde decorreu a tomada de posse, numa cerimónia “restrita“, João Leão explicou que o momento é desafiante e que o objetivo do atual momento de emergência “para o país é o desafio de conseguir estabilizar o país, quer em termos económico, no apoio às empresas, quer em termos sociais, na proteção de rendimentos das famílias”.

O sucessor de Mário Centeno garantiu, contudo, que nenhum passo será “maior do que a perna”, assegurando que pretende “gerir as contas com rigor para garantir sustentabilidade para todos”. A “ênfase” deste ano será a sustentabilidade da economia, segundo João Leão.

Caso contrário, Portugal não terá “uma economia em condições de crescer, a partir do final do ano e a partir do próximo ano”. “Só com crescimento económico é que vamos conseguir estabilizar as contas públicas. A médio prazo é isso que se espera de nós”, sublinhou o ex-secretário de Estado do Orçamento da equipa de Centeno.

Sobre os cinco anos que trabalhou sob o comando de Mário Centeno, João Leão referiu: “Ao lado de Mário Centeno, servi como secretário de Estado [do Orçamento]. Juntos preparámos e executámos cinco orçamentos de Estado e em conjunto atingimos o primeiro excedente orçamental da democracia, num quadro de criação de emprego e de recuperação dos rendimentos das famílias”.

“Espero continuar, agora com a nova equipa que me acompanha, a partir de hoje, com o mesmo espírito de compromisso e de responsabilidade com os portugueses que sempre tivemos desde 2015”, disse.

João Leão mostrou-se convicto de que “uma vez ultrapassada esta crise da pandemia”, o Governo conseguirá voltar a “colocar Portugal no caminho crescimento da economia e do emprego, da confiança e da sustentabilidade”.

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