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Joe Biden vai pedir aos americanos para usarem máscara nos primeiros 100 dias do seu mandato e convidou Fauci para conselheiro

O presidente eleito pelos americanos vai assumir a 20 de janeiro as rédeas do país mais afetado pelo vírus quando as farmacêuticas se preparam para distribuir os milhões de doses das vacinas contra o novo coronavírus que foram fabricando e armazenando nos últimos meses.
4 Dezembro 2020, 10h44

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, vai pedir aos norte-americanos para usarem máscara durante os primeiros 100 dias do seu mandato presidencial, de forma a achatar a curva de mortes e contágio pelo novo coronavírus.

Joe Biden disse à “CNN” que acredita que o uso de máscaras por parte dos cidadãos americanos irá mostrar uma “redução significativa” no número de casos, uma vez que impede a propagação do vírus quando bem utilizada e cumpridas todas as regras de higiene e segurança.

“No primeiro dia em que tomar posse vou pedir ao público que usem máscara durante 100 dias. Apenas 100 dias com máscaras, não para sempre”, disse Biden à “CNN”. “Penso que vamos observar uma redução significativa se todos colaborarem, e com a vacinação e as máscaras vamos reduzir consideravelmente os números”, continuou.

Os constitucionalistas apontam que o presidente não tem poder para obrigar os cidadãos a usar máscara, mas dentro dos seus poderes vai ordenar que todos os edifícios governamentais passem a requerer também o uso obrigatório de máscara.

Até ao dia 11 de abril, Joe Biden espera que todos os cidadãos colaborem consigo para tentar afugentar o vírus que já causou mais de 276 mil mortes e 14,1 milhões de casos de infeção no país.

O presidente eleito pelos americanos vai assumir as rédeas do país mais afetado pelo vírus quando as farmacêuticas se preparam para distribuir os milhões de doses das vacinas contra o novo coronavírus que foram fabricando e armazenando ao longo destes nove meses.

Simbolicamente, os primeiros 100 dias de um mandato presidencial são bastante importantes, sendo vistos pelos analistas como um indicador de como um presidente irá governar o país daí para a frente. No entanto, os especialistas constitucionais sustentam que o presidente dos Estados Unidos não tem autoridade legal para ordenar o uso de máscaras por parte dos cidadãos.

Biden e a sua vice-presidente, Kamala Harris, têm sido apologistas do uso de máscaras desde que o vírus chegou ao território, e sustentaram ainda que vão dar o exemplo ao usar as máscaras.

Além dos edifícios governamentais, Joe Biden admitiu que quer implementar o uso obrigatório de máscaras nos transportes públicos, nos transportes entre estados e aviões”. Atualmente, a maioria das companhias aéreas, aeroportos e sistemas de transportes públicos exigem que todos os passageiros e trabalhadores utilizem uma cobertura facial.

A visão de Biden em relação às máscaras é totalmente contraditória da de Trump. Nos espaços públicos e com grandes aglomerados, Joe Biden mostrava-se sempre de máscara, retirando-a apenas durante os seus discursos para falar ao público, enquanto Donald Trump sempre rejeitou qualquer tipo de eficácia.

Um dos exemplos mais claros da divergência do uso destas coberturas foi durante o primeiro debate televisivo entre, na altura, os dois candidatos à presidência. Toda a família de Trump rejeitou o uso de máscara, sendo que dias mais tarde o presidente e a primeira-dama mostraram sintomas e Trump teve de ser internado, enquanto Joe Biden utilizou sempre máscara e os testes foram sempre negativos.

Anthony Fauci chamado à equipa Covid criada por Biden

Apesar de já ter a sua equipa Covid criada, de forma a elaborar um plano para quando assumir a presidência a 20 de janeiro, Joe Biden convidou o especialista Anthony Fauci para integrar a equipa. Além de ser parte da equipa, Fauci foi ainda convidado para servir como conselheiro médico de Biden na Casa Branca.

De acordo com o próprio presidente eleito, o encontro com Fauci aconteceu na última quinta-feira, e o diretor do Instituto de Alergias e Doenças Infeciosas falou com o presidente e a equipa para abordar o plano e como estes se devem preparar para lidar com o vírus.

“Pedi-lhe para ele ficar exatamente na mesma função que ocupou com os presidentes anteriores, e também lhe pedi para ser o meu conselheiro médico e para fazer parte da equipa Covid”, disse Biden à “CNN”.

Também à publicação, o presidente eleito admitiu tomar a vacina quando Fauci diga que esta é segura, e disse que poderia tomá-la em público para incentivar a vacinação. “É importante comunicar aos americanos que é seguro”.

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