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Johnson & Johnson inicia testes da vacina anti-Covid-19 na América Latina

Ao todo são agora oito países, cerca de 60 mil voluntários adultos, que vão entrar na fase três dos testes clínicos da candidata à vacina contra o novo coronavírus. O ensaio de J&J será o maior teste de uma vacina contra o coronavírus já feito.
27 Agosto 2020, 13h56

A gigante farmacêutica norte-americana vai iniciar os primeiros testes da vacina contra a Covid-19 no Chile e Argentina.

Ao todo são agora oito países, cerca de 60 mil voluntários adultos, que vão entrar na fase três dos testes clínicos da candidata à vacina contra o novo coronavírus. O Brasil, a Colômbia, Peru, México e Estados Unidos também integram na lista.

“Este estudo está agendado para setembro, sujeito a revisão pela autoridade de saúde”, disse a empresa num comunicado citado pela “CNN”, que explica que os países candidatos foram escolhidos por apresentarem as taxas de infeção mais altas em termos globais.

“A prevalência atual da doença, a demografia da população e as exigências das autoridades de saúde foram levadas em consideração para garantir que o estudo possa ser realizado de forma adequada e fornecer dados relevantes”, informa a nota da Johnson & Johnson.

No Chile, os ensaios serão coordenados pelo Instituto de Medicina da Universidade do Chile. Miguel O’Ryan, professor de microbiologia da escola, disse à “Reuters” que a aprovação do governo ainda será necessária para o teste, mas que poderá começar dentro de três semanas após as primeiras doses chegarem ao país. O’Ryan disse qu o instituto estava preparada para recrutar até mil pessoas para o estudo.

Já o presidente colombiano Ivan Duque anunciou, no início desta semana, que o governo já assinou um acordo com a Johnson & Johnson para iniciar esta fase crítica dos testes que determinam a qualidade, eficácia e os efeitos secundários da vacina.

A J&J é uma das várias empresas na corrida para desenvolver uma potencial vacina contra a Covid-19, que infectou mais de 24,4 milhões de pessoas em todo o mundo e matou pelo menos 840 mil, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

Há mais de 160 vacinas em desenvolvimento em todo o mundo até esta quinta-feira, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), com pelo menos 30 já em fase de testes clínicos. A vacina russa “Sputnik V” é de momento a única que foi registada oficialmente, seguindo-lhe a chinesa que viu a sua patente ser aprovada pelo Gabinete de Propriedade Intelectual do Estado Chinês, na semana passada.

O ensaio de J&J será o maior teste de uma vacina contra o coronavírus já feito. As empresas farmacêuticas Moderna e Pfizer , que começaram a fase final de testes das respectivas vacinas em Julho, contam com a participação de 30 mil pessoas.

A J&J referiu que está a utilizar as mesmas tecnologias que usou na vacina experimental contra o Ebola e consistem na combinação de material genético do coronavírus com um adenovírus modificado, conhecido por causar gripes comuns em humanos.

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