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Lacerda Sales garante que “não houve falta de oxigénio” no Amadora-Sintra e que transferência de doentes foi “preventiva”

Numa altura em que o número de internados em enfermaria e UCIs continua a aumentar, Lacerda Sales considerou que o Governo tem ” a humildade de reconhecer as dificuldades” mas ” fará sempre os esforço para que estas situações não se voltem a repetir”.
  • António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde
27 Janeiro 2021, 10h52

O Secretário de Estado Adjunto da Saúde garantiu, esta quarta-feira, que a rede de oxigénio do Amadora-Sintra não colapsou durante a noite de terça-feira, alertando que “é preciso interpretar bem o que se passou”.

“O que se passou não foi nenhuma falta de oxigénio, mas sim, entre os 350 doentes internados, mais de 150 estavam em ventilação não invasiva”, começou por explicar, esta manhã na inauguração da unidade de retaguarda de Coimbra “A ventilação invasiva exige altos fluxos de oxigénio, cerca de 40 a 60 litros por minuto. Obviamente que tendo muitos doentes com esta pressão de oxigénio, isso vai levar a um aumento de constrangimentos e pressão dentro da própria estrutura”, esclareceu.

Como forma de evitar que a rede fosse incapaz de prestar resposta aos doentes internados, o conselho de administração do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca optou por “preventivamente transferir doentes para outros hospitais” da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS LVT).

No mesmo momentos, Lacerda Sales elogiou a colaboração entre os setores público e privado na operação de transferência de doentes, referindo que o Hospital da Luz vai receber ainda hoje doentes que estava internados no Amadora-Sintra. “Quase todos os hospitais da ARS Lisboa colaboraram na transferência dos 48 doentes”, frisou.

Questionado sobre se o Governo está preparado para enfrentar outras situações futuras semelhantes nas unidades hospitalares, uma vez que o número de internados em enfermaria e cuidados intensivos continua aumentar, o governante considerou que o Governo tem ” a humildade de reconhecer as dificuldades” mas ” fará sempre os esforço para que estas situações não se voltem a repetir”.

Inauguração da unidade de retaguarda de Coimbra para 31 camas para doentes de média e baixa complexidade

“Nunca escondemos as dificuldades”, referiu. “Temos que garantir aos portugueses para que estas dificuldades são ultrapassadas, e até agora temos demonstrado que essas dificuldades têm sido ultrapassadas. Com certeza continuaremos a fazer esses esforços para garantir essa resposta”, sublinhou.

Em Coimbra, a capacidade de resposta para doentes Covid e não-Covid foi alargada quatro vezes, agora que a unidade de retaguarda instalou mais 31 camas para doentes de médio e baixos cuidados. Lacerda Sales garante que a abertura desta nova unidade não chegou “tarde demais”, mas sim numa altura “proporcionalmente àquilo que são as necessidades”.

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