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Líder da CGTP: “Não há necessidade de eleições antecipadas”

Sobre a reunião com o Chefe de Estado, Isabel Camarinha explicou que falou com o Presidente sobre as “necessidades sentidas pelos trabalhadores”, o que, na perspetiva da CGTP, passam pelo aumento de salários e redução das horas de trabalho semanais.
  • Mário Cruz / Lusa
29 Outubro 2021, 19h36

A líder da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), Isabel Camarinha, considerou que não existia necessidade para eleições antecipadas depois de se ter reunido esta sexta-feira com o Presidente da República.

As declarações de Isabel Camarinha sucedem o chumbo do Orçamento do Estado (OE) para 2022 na generalidade, uma rejeição que deixou nas mãos do Presidente da República a hipótese de dissolver o Parlamento e levar os partidos a eleições antecipadas. Para Isabel Camarinha “não há necessidade de eleições antecipadas”, mas reconheceu que essa é uma decisão a ser tomada por Marcelo Rebelo de Sousa.

Sobre a reunião com o Chefe de Estado, Isabel Camarinha explicou que com o Presidente falou sobre as “necessidades sentidas pelos trabalhadores”. A representante da CGTP diz que a confederação tem registado “um descontentamento enormíssimo, em trabalhadores com anos de carreira, experiência”, mas cujo salário aproxima-se “cada vez mais do salário mínimo”.

Como tal, a CGTP defendeu a Marcelo a necessidade para um “aumento geral do salário de todos os trabalhadores”, bem como do Salário Mínimo Nacional (SMN) para “850 euros no curto prazo”, uma medida que foi apresentada pelo Partido Comunista Português (PCP) para o próximo Orçamento, mas foi rejeitada.

Segundo Isabel Camarinha, o “Governo devia ir mais longe” na questão salarial, mas também na “redução de 35 horas semanais” de trabalho para os funcionários. “As questões laborais são fundamentais para alterar a situação que temos”, afirmou, em conferência de imprensa a partir de Belém.

Sobre o chumbo do OE, Isabel Camarinha já tinha dito ontem à agência “Lusa” que “estava nas mãos do Partido Socialista ter conseguido aprovar o OE2022, mas houve falta de vontade política por parte do Governo para pôr em prática as medidas necessárias para resolver os problemas do país”.

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