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Lisboa sobe 23 posições no ‘ranking’ das cidades mais caras para trabalhadores internacionais

Edição de 2021 do estudo “Custo de Vida das Cidades”, da Mercer, mostra prevalência das cidades asiáticas naquelas que têm um custo de vida mais elevado para trabalhadores internacionais. Consultora assinala impacto da pandemia de Covid-19 e da valorização das divisas.
  • Lisboa
22 Junho 2021, 00h30

A edição de 2021 do estudo “Custo de Vida das Cidades”, elaborado pela consultora Mercer, coloca Lisboa no 83.º lugar entre as cidades mais caras para expatriados (24.º das europeias, acima de Barcelona), subindo 23 posições em relação ao ano anterior. Com os efeitos da Covid-19 a alterarem drasticamente a mobilidade de trabalhadores internacionais, o ranking passou a ser encabeçado por Ashgabat, no Turquemenistão, destronando Hong Kong e com Beirute a subir 42 posições para o terceiro lugar, devido à conjugação da crise financeira libanesa, do impacto da pandemia e da explosão que arrasou a zona portuária da cidade.

A completar as dez cidades mais caras para expatriados seguem-se Tóquio (Japão), Zurique (Suíça), Xangai (China), Singapura, Genebra (Suíça), Pequim (China) e Berna (Suíça). As três cidades helvéticas destoam entre o domínio asiático, embora a valorização de divisas tenha levado a subidas no ranking de Londres (Inglaterra), que passa para a 18.ª posição, e de Paris (França), agora no 33.º lugar, com Amesterdão (Holanda) no 44.º lugar e Roma (Itália) no 47.º.

Mais acessíveis para expatriados tornaram-se as cidades dos Estados Unidos, ao ponto de Nova Iorque deixar de constar entre as dez com custo de vida mais elevado. É agora apenas a 14.ª no ranking da Mercer, com Los Angeles (20.ª), São Francisco (25.ª), Honolulu (43.ª) e Chicago (45.ª) nas posições seguintes. Ainda muito atrás, mas com ligeiras subidas, relacionadas com a valorização do dólar canadiano face ao dólar norte-americano, continuam as cidades canadianas: Vancouver (93.ª), Toronto (98.ª) e Montreal (129.ª). E, pelo mesmo motivo, as cidades australianas de Sydney (31.ª) e Melbourne (59.ª) subiram, respetivamente, 35 e 40 posições.

Contra as expectativas, várias cidades africanas ocupam posições cimeiras no ranking elaborado pela Mercer, com N’Djamena (13.ª), Lagos (19.ª) e Libreville (20.ª) entre as 20 mais caras do mundo para expatriados. A capital do Chade, a cidade mais populosa da Nigéria e a capital do Gabão destacam-se pelos custos que têm de ser suportados por funcionários internacionais.

Na cauda do ranking ficaram Tbilisi (207.º lugar), Lusaka (208.º) e Bishkek (209.º), com as capitais da Geórgia, da Zâmbia e do Quirguistão a assegurarem menor custo de vida a trabalhadores internacionais.

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