Os cidadãos portugueses estão dispostos a pagar pela sua casa ideal um valor médio de 138 mil euros e até 500 euros por mês pela renda ou financiados por um crédito habitação. Só 9,6% dos portugueses pensa pagar entre os 500 e os 600 euros. Esta é a principal conclusão do estudo do “Observatório do Mercado de Habitação em Portugal” da Century 21, divulgado esta sexta-feira.
No sentido oposto, o preço médio das habitações para venda em Portugal situa-se nos 173 mil euros, cerca 34 mil euros acima do valor que os portugueses estão dispostos a pagar para a compra de casa.
Cerca de 90% dos portugueses continua a preferir a compra de casa própria, sendo que 75% optam por adquiri-la na cidade onde residem atualmente, conclui ainda a análise da imobiliária.
Mais de 90% dos portugueses quer morar numa zona segura
A habitação mais requisitada é o apartamento num prédio (61%), em segunda mão e sem necessitar de remodelações (60,2), com três quartos (40,9%) e duas casas de banho (49,5%), com arrecadação (74,1%) e garagem (73,1%), com uma área entre 91 e 120 m2, (24,1%) localizada em zonas periféricas do centro (43%) ou mesmo nas áreas centrais da cidade (42,2%), desde que tenha disponibilidade de estacionamento (82,6%), boas acessibilidades e transportes públicos (80,5%), e proximidade a supermercados e comércio tradicional (80,1%), numa zona segura (94,5%).
Contudo, existem características específicas na casa ideal dos portugueses, que mudam consoante as zonas do país, com destaque para Lisboa, Porto e Algarve. Para quem vive na capital portuguesa, o preço médio que os lisboetas estão dispostos a pagar é de 166 mil euros, financiados por um crédito à habitação de cerca de 506 euros mensais.
Na ‘Cidade Invicta’, os valores baixam, com os portuenses a considerar pagarem até 137 mil euros, sendo financiados por um crédito à habitação até 491 euros por mês (menos 29 mil euros do que em Lisboa). Por fim, no Algarve os números baixam ainda mais, com os algarvios a pagarem 130 mil euros e a serem financiados por um crédito à habitação de 475 euros mensais.
Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal sublinha que “as necessidades de soluções habitacionais são diferentes, consoante a zona do país, em diversos critérios. Porém, a análise a nível nacional revela desequilíbrios muito significativos entre a oferta e procura de habitação”.
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