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Maior procura dos bancos centrais aproxima ouro de máximos históricos

O preço do outro subiu mais de 11% em dois meses e está agora a aproximar-se do patamar dos 2.000 dólares por onça, numa altura em que aumenta a procura pelo chamado “metal amarelo” por parte dos bancos centrais.
  • Cerca de 49% do ouro português está noutros bancos centrais estrangeiros
26 Abril 2023, 08h47

O preço do outro está a aproximar-se de máximos históricos, numa altura em que os bancos centrais de vários países estão a acumular quantidades elevadas do chamado “metal amarelo”, escreve o “El Economista” esta quarta-feira.

O preço do outro subiu mais de 11% em dois meses e está agora a aproximar-se do patamar dos dois mil dólares por onça. Segundo escreve o jornal, este nível não será fácil de superar, uma vez que existe uma forte resistência técnica nos 2.000 a 2.100 dólares.

Os bancos centrais têm estado a acumular ouro “com grande apetite”, referem os analistas da BCA Research, notando que a “alocação global de reservas de ouro é de quase 10%, muito mais elevada do que as reservas mantidas em yuan ou libras”.

Isto tem “ajudado a catapultar os preços do outro para novos máximos, perante um dólar mais fraco e uma inflação global mais elevada”, escrevem numa nota a analistas citada pelo “El Economista”.

“O aumento da procura [por ouro] não é liderada pelos suspeitos do costume: grandes e pequenos investidores que procuram protege-se da inflação”, refere, por outro lado, Ruchir Sharma, líder da Rokefeller Internacional, no “Financial Times”.

Em vez disso, frisa, “os grandes compradores são os bancos centrais, que estão a reduzir as suas reservas em dólares e a procurar uma alternativa segura. Os bancos centrais estão a comprar mais toneladas de ouro agora do que em qualquer outro momento desde 1950”.

As reservas mundiais de ouro aumentaram 52 toneladas em fevereiro, naquele que foi o 11.º mês consecutivo de compras líquidas, após um aumento de 74 toneladas em janeiro, de acordo com dados do World Gold Council.

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