O preço do outro está a aproximar-se de máximos históricos, numa altura em que os bancos centrais de vários países estão a acumular quantidades elevadas do chamado “metal amarelo”, escreve o “El Economista” esta quarta-feira.
O preço do outro subiu mais de 11% em dois meses e está agora a aproximar-se do patamar dos dois mil dólares por onça. Segundo escreve o jornal, este nível não será fácil de superar, uma vez que existe uma forte resistência técnica nos 2.000 a 2.100 dólares.
Os bancos centrais têm estado a acumular ouro “com grande apetite”, referem os analistas da BCA Research, notando que a “alocação global de reservas de ouro é de quase 10%, muito mais elevada do que as reservas mantidas em yuan ou libras”.
Isto tem “ajudado a catapultar os preços do outro para novos máximos, perante um dólar mais fraco e uma inflação global mais elevada”, escrevem numa nota a analistas citada pelo “El Economista”.
“O aumento da procura [por ouro] não é liderada pelos suspeitos do costume: grandes e pequenos investidores que procuram protege-se da inflação”, refere, por outro lado, Ruchir Sharma, líder da Rokefeller Internacional, no “Financial Times”.
Em vez disso, frisa, “os grandes compradores são os bancos centrais, que estão a reduzir as suas reservas em dólares e a procurar uma alternativa segura. Os bancos centrais estão a comprar mais toneladas de ouro agora do que em qualquer outro momento desde 1950”.
As reservas mundiais de ouro aumentaram 52 toneladas em fevereiro, naquele que foi o 11.º mês consecutivo de compras líquidas, após um aumento de 74 toneladas em janeiro, de acordo com dados do World Gold Council.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com