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Maior seca em 90 anos obriga Namíbia a leiloar mil animais selvagens protegidos

No lote de animais a leiloar, destacam-se 28 elefantes, 60 girafas, 600 búfalos, 150 gazelas, 65 oryx, 20 impalas e 35 elandes, provenientes de parques, reservas e áreas protegidas. O objetivo é reunir fundos para conservação de vida selvagem e gestão de parques e, em simultâneo, impedir que espécies protegidas desapareçam.
17 Junho 2019, 10h59

A Namíbia vai vender cerca de mil espécies protegidas para fazer face à seca extrema que o país está a atravessar – considerada a pior dos últimos 90 anos -, cujo objetivo é amelhar 1,1 milhões de dólares para um fundo do Estado destinado à conservação de vida selvagem e gestão de parques. No lote de animais a leiloar, destacam-se 28 elefantes, 60 girafas, 600 búfalos, 150 gazelas, 65 oryx, 20 impalas e 35 elandes.

“Dado que este ano é um ano de seca, o Ministério [do Ambiente] gostaria de vender vários tipos de espécies de caça de várias áreas protegidas para proteger o pastoreio e ao mesmo tempo gerar fundos muito necessários para parques e gestão da vida selvagem” , disse o porta-voz da da pasta do Ambiente Romeo Muyunda, no sábado, 15 de junho, citado pela agência France-Presse.

A Namíbia atravessa um período de seca extrema e, devido à severidade do fenómeno, foi declarado estado de desastre nacional em maio. Este país da África Austral tem 2,4 milhões de habitantes e estima-se que cerca de meio milhão tenham sido afetados pela seca.

Um relatório do Ministério da Agricultura, em abril, contabilizava em 63.700  animais mortos, em 2018, devido a esta seca. Foi para impedir que tal continue que o Ministério do Ambiente anunciou o leilão destes animais.  Muyunda esclareceu também que “as condições de pastagem na maior parte dos parques é extremamente pobre e se não for reduzido o número de animais, isto levará à perda de animais devido à fome”.

A ajuda internacional já chegou à Namíbia e o governo, mas o clima seco continua a contribuir para a deterioração das condições de pastagem. “A condição de pastoreio na maioria dos nossos parques é extremamente pobre”, acrescentou o porta-voz Muyunda.

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