A Microsoft chegou a Portugal em 1990 e tinha apenas um colaborador: Rodrigo Costa. Trinta anos depois, a gigante tecnológica está a celebrar o aniversário da sua presença no país com o marco de ter ultrapassado a barreira dos 1.100 trabalhadores, tendo duplicado a equipa nos últimos quatro anos.
“Isto só é possível porque o nosso país fez um desenvolvimento muito grande de talento, de disponibilização desse talento, e tem atraído pessoas de várias nacionalidades”, disse a diretora geral da Microsoft Portugal, num encontro online com jornalistas que se realizou esta manhã.
Paula Panarra garantiu que a missão da Microsoft é “capacitar o desenvolvimento económico do país através da tecnologia – cada vez mais na cloud” – e revelou aos jornalistas que, atualmente, mais de 60% da faturação da empresa advém de serviços de armazenamento ‘na nuvem’.
“Digo muitas vezes à equipa que temos hoje totalmente uma empresa de cloud, que fornece presta serviços aos seus clientes e não apenas uma empresa que disponibiliza o software”, referiu, destacando o papel da Microsoft Portugal na digitalização da sociedade e das empresas através dos seus 3 mil parceiros e com o apoio das startups.
“Este ano de 2020 fica certamente marcado para todos como muito especial, e para nós também, porque não tivemos, numa primeira fazer, de assegurar o bem-estar dos nossos empregados como rapidamente prestar serviço a muitos clientes, instituições e escolas para fazer face a essas necessidades de trabalho remoto, aprendizagem remota e de resiliência das plataformas”, lembra a gestora.
Sem detalhar, a Microsoft diz que há “uma percentagem muito elevada” de empresas (PME e grandes) em Portugal que subscrevem as suas aplicações do Office 365 (Outlook, PowerPoint, Excel, OneNote, Word…) e que registou um “aumento de centenas de milhares” de utilizadores da plataforma Teams no país durante o confinamento, tendo havido mesmo um “boom” nas primeiras semanas. Já nas escolas nacionais, para as quais o produto é gratuito, conta com 600 mil utilizadores.
Hoje, a tecnológica diz estar empenhada no auxílio à recuperação económica, reinvenção dos negócios e iniciativas de (re)qualificação de recursos humanos. No roadmap da Microsoft Portugal está também a organização do célebre evento anual “Building the Future”, que irá realizar-se entre os dias 26, 27 e 28 janeiro de 2021 num modelo híbrido (online e presencial – um regime de trabalho no qual a Microsoft acredita e assegura que “veio para ficar”).
“Houve muitos paradigmas que se quebraram sobre se é possível o trabalho remoto, até nas empresas mais conservadoras”, afirmou Paula Panarra na sessão. Na sua opinião, as empresas estão a mudar a cultura de trabalho e cada vez mais preocupadas com a otimização de operações e projetos de envolvimento do cliente para o digital, tais como o investimento no e-commerce e na criação de centros de desenvolvimento.
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