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Microsoft reteve ‘patch’ gratuito que podia ter protegido computadores do WannaCry

O ataque cibernético em larga escala, com o vírus WannaCry, afetou esta sexta-feira mais de 200 mil computadores em 150 países, incluindo Portugal. A Microsoft colocou o patch à venda por 900 euros por ano.
  • Lucy Nicholson / Reuters
17 Maio 2017, 16h48

A multinacional de tecnologia Microsoft está a ser alvo de duras críticas depois de ter sido conhecido que a empresa se recusou a distribuir uma reparação gratuita para as versões mais antigas do sistema operativo Windows, que poderia ter parado o ciberataque da semana passada com o vírus WannaCry. Ao invés disso, a Microsoft colocou o patch à venda por mil dólares (cerca de 900 euros) por ano.

Em declarações ao jornal britânico ‘Financial Times’, Michael Cherry, analista da empresa de pesquisa independente Directions on Microsoft, critica as políticas adotadas pela multinacional, que com a recusa em fornecer cibersegurança para versões mais antigas do Windows, pretende obrigar os clientes a comprarem softwares mais novos e mais seguros.

“A reparação gratuita deveria ser incluída em todos os Windows; não devemos ter de pagar por uma versão mais segura do sistema operacional”, afirmou Michael Cherry.

O ataque cibernético em larga escala afetou esta sexta-feira mais de 200 mil computadores em 150 países, incluindo Portugal. Várias empresas, hospitais e até mesmo agências governamentais tiveram de suspender total ou parcialmente as suas operações depois de ser infectadas pelo vírus.

O vírus WannaCry trata-se de um ransomware, uma espécie de ‘software‘ que rouba arquivos de um computador para depois pedir seus usuários o ‘resgate’ em dinheiro.

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