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Morte lenta do petróleo venezuelano dá novo impulso aos preços do ‘ouro negro’

No relatório mensal de fevereiro, a OPEP mostra um cenário de queda acentuada no petróleo da Venezuela, apesar de compensado pela subida no petróleo de xisto dos EUA. Após seis sessões em queda, o preço da matéria-prima subiu.
12 Fevereiro 2018, 18h23

Ao fim de seis dias a cair, o preço do petróleo está finalmente a valorizar. A matéria-prima foi arrastada na semana passada pela instabilidade generalizada nos mercados, tendo registado a maior queda acumulada em dois anos e chegado a tocar o valor mais baixo este ano. Esta segunda-feira, a recuperação nas bolsas estendeu-se às commodities, ajudado por novos dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

No relatório mensal de fevereiro, a OPEP mostra um cenário de queda acentuada no petróleo da Venezuela, apesar de compensado pela subida no petróleo de xisto dos EUA.

A Venezuela reduziu a produção de petróleo em 47 mil barris diários desde dezembro de 2017 e, desde o segundo trimestre de 2017, a queda da produção foi de quase 400 mil barris. A situação reflete a morte lenta que se está a verificar na indústria petrolífera venezuelana, devido a baixos níveis de investimento, falta de maquinaria adequada, escassez de pessoal qualificado e baixos preços do crude nos últimos anos.

A OPEP produziu 32,3 milhões de barris em janeiro de 2018, menos 8 mil barris por dia em comparação com o mês anterior e ligeiramente abaixo dos cortes de produção acordados pelos países da organização. A ajudar à subida dos preços está também a previsão que a procura de petróleo aumente em 2018 e que se venha a tornar suficiente para colmatar o excesso de oferta no mercado.

Em Nova Iorque, o crude WTI sobe 0,95% para 59,76 dólares por barril, enquanto o Brent negociado em Londres valoriza 0,53% para 63,12 dólares. Os preços recuperam das perdas da semana passada, mas estão ainda longe da barreira dos 70 dólares que quebraram na semana passada.

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