Ao fim de seis dias a cair, o preço do petróleo está finalmente a valorizar. A matéria-prima foi arrastada na semana passada pela instabilidade generalizada nos mercados, tendo registado a maior queda acumulada em dois anos e chegado a tocar o valor mais baixo este ano. Esta segunda-feira, a recuperação nas bolsas estendeu-se às commodities, ajudado por novos dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
No relatório mensal de fevereiro, a OPEP mostra um cenário de queda acentuada no petróleo da Venezuela, apesar de compensado pela subida no petróleo de xisto dos EUA.
A Venezuela reduziu a produção de petróleo em 47 mil barris diários desde dezembro de 2017 e, desde o segundo trimestre de 2017, a queda da produção foi de quase 400 mil barris. A situação reflete a morte lenta que se está a verificar na indústria petrolífera venezuelana, devido a baixos níveis de investimento, falta de maquinaria adequada, escassez de pessoal qualificado e baixos preços do crude nos últimos anos.
A OPEP produziu 32,3 milhões de barris em janeiro de 2018, menos 8 mil barris por dia em comparação com o mês anterior e ligeiramente abaixo dos cortes de produção acordados pelos países da organização. A ajudar à subida dos preços está também a previsão que a procura de petróleo aumente em 2018 e que se venha a tornar suficiente para colmatar o excesso de oferta no mercado.
Em Nova Iorque, o crude WTI sobe 0,95% para 59,76 dólares por barril, enquanto o Brent negociado em Londres valoriza 0,53% para 63,12 dólares. Os preços recuperam das perdas da semana passada, mas estão ainda longe da barreira dos 70 dólares que quebraram na semana passada.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com