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Moscovo envenenou ex-espião? É “altamente provável”, reconhece May

Primeira-ministra britânica segue suspeitas já antes evidenciadas pela polícia antiterrorismo. E afirma em pleno parlamento que Moscovo pode se responsável pelo duplo atentado.
  • Reuters
12 Março 2018, 18h39

É “altamente provável” que Moscovo tenha sido responsável pelo envenenamento do antigo espião Sergei Skripal e da sua filha Yulia. É pelo menos esta a convicção da primeira-ministra britânica, Theresa May, que esta segunda-feira disse no Parlamento britânico que ou o governo russo foi responsável direto pelo envenenamento ou permitiu que o agente nervoso usado em Skripal chegasse às mãos dos atacantes.

Sergei Skripal, de 66 anos, e a filha Julia Skripal, de 33 anos, continuam hospitalizados “em estado crítico”. Sergei Skripal, ex-agente dos serviços secretos militares de Moscovo, foi processado na Rússia em 2004 por ter colaborado com os serviços de informações britânicos (MI6), mas conseguiu refugiar-se no Reino Unido em 2010, depois de ter sido libertado no quadro de uma troca de espiões entre os dois países.

A convicção de Theresa May parte daquilo que as autoridades públicas que têm em mãos o combate ao terrorismo também pensam. Logo a seguir ao duplo atentado, a comunicação social britânica afirmava que o departamento de contraterrorismo britânico suspeitava que Moscovo estaria por detrás do crime – o que, aliás, não terá sucedido pela primeira vez.

Refira-se ainda que o polícia britânico Nick Bailey, que encontrou o pai e a filha depois do atentado, também ficou afetado e está internado.

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